Adega - Edição 159 (2019-01)

(Antfer) #1

Edição 159 >> ADEGA 17


lese, Beerenauslese e Trockenbeerenauslese,
ou TBA]. Mesmo para os alemães é confuso,
porque não é um sistema de qualidade, é ape-
nas uma questão da quantidade de açúcar no
mosto. Poderíamos colocar números e seria
o mesmo. É complicado especialmente nos
Riesling, porque são muitas possibilidades.
Mas muitos consumidores estão acostuma-
dos a ver Kabinett escrito no rótulo.

A VDP seria uma garantia de qualidade dos vinhos?
Na VDP temos regras. A cada três ou qua-
tro anos, por exemplo, há um controle de
todos os vinhos de cada produtor em todos
os níveis de qualidade. E é preciso alcançar
uma certa média para cada vinho. É uma ga-
rantia de qualidade para o consumidor pela
organização VDP. E é claro que não quero
que uma vinícola vizinha, que produza com
menor qualidade, tenha a mesma garantia.
Com 200 vinícolas (associadas) é um gran-


de desafio, por isso, temos um sistema de coa-
ching (apoio). Assim, você nunca será expulso
da VDP. Custa bastante para nós, porque ainda
contribuímos para a German Wine Associa-
tion. Mas precisamos disso e é importante ter
a VDP.

Quais os desafios para os próximos anos?
Para a minha e para a próxima geração é manter
o negócio 100% familiar [no passado, a Baron
Knyphausen chegou a ter um sócio]. Não vejo
grandes mudanças nos vinhos, além do que já
fizemos. Queremos trazer consumidores mais
jovens à propriedade e torná-la mais atraente
para os turistas que visitam a Alemanha, seja
para passar um dia ou um fim de semana. Es-
tamos acrescentando cinco quartos ao hotel e
oferecendo experiências em nossa loja como
uma máquina de identificar aromas, além da
possibilidade de degustar até 10 vinhos, inclusi-
ve os top. Tem até um de 1997.

Mesmo para
os alemães é
confuso [as
nomenclaturas
nos rótulos],
porque não é
um sistema de
qualidade, é
apenas uma
questão da
quantidade
de açúcar no
mosto

Mosteiro de Eberbach,
fundado em 1136,
vizinho à propriedade
dos Knyphausen
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