Macro
- EXAME. NOVEMBRO 2020
Para tentar responder a essa pergun-
ta, a ManpowerGroup realizou um estu-
do com base em inquéritos a mais de oito
mil trabalhadores de oito países (França,
Alemanha, Itália, México, Singapura, Es-
panha, Reino Unido e EUA). As conclu-
sões ajudam a perceber o que mudou no
universo do trabalho e a conhecer possí-
veis soluções para fazer a melhor gestão
possível dos desafios causados pela pan-
demia e na gestão dos recursos humanos.
Alguns dogmas do trabalho estão a ser co-locados em causa. A seguir à manutenção
do emprego e aos cuidados com a saúde, a
principal preocupação dos trabalhadores
prende-se com a perda da flexibilidade
que ganharam nesta fase, refere o estu-
do. Oito em dez dos inquiridos querem,
no futuro, um maior equilíbrio entre tra-
balho e família e “43% dos trabalhadores
acreditam que o horário tradicional das 9
às 5 está ultrapassado. A maioria prefere
2-3 dias por semana no local de trabalho”,
conclui o relatório.PÓSPANDEMIAO que querem afinal
os trabalhadores?
A pandemia mudou a forma como se encara o trabalho e acelerou
a necessidade de uma revolução nas competências
Texto Rui Barroso
É
nas crises que se assistem
a grandes transformações
e ao acelerar de mudan-
ças que vinham lenta-
mente a ganhar forma.
A pandemia originou grandes alterações
em quase todas as áreas de atividade. E o
mundo do trabalho não escapou, sofrendo
um impacto acentuado e a uma velocidade
que poucos pensariam ser possível. Mas,
afinal, com esta crise, o que querem os tra-
balhadores e o que procuram as empresas?