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izemos as contas: neste mapa estão re-
presentados 475 cabos submarinos que
servem para transmitir sinais de telecomu-
nicações. Os cabos modernos recorrem a
fibra ótica para transportar dados digitais, onde se
incluem os referentes a Internet, telefone e tráfego
privado. No total, existem já mais de 1,2 milhões
de quilómetros de cabos a nível global, sendo que
o número vai variando à medida que começam a
funcionar novos e que antigos deixar de estar em
serviço. O tamanho dos cabos também varia de
forma considerável. Por exemplo, o CeltixConnect,
que liga a Irlanda ao Reino Unido tem 131 quilóme-
tros, enquanto que o Asia America Gateway tem
20000 quilómetros. Em Portugal há 16 pontos de
ligação para 13 cabos (três ainda em construção):Carcavelos, Lisboa, Seixal, Sesimbra, Sines e um
por cada ilha dos Açores e Madeira.
As capacidades dos cabos variam igualmente,
mas, por exemplo, o novo MAREA é capaz de trans-
portar 208 Tbps. Tipicamente, um cabo destes tem
o diâmetro de uma mangueira de jardim, enquanto
que os filamentos que transmitem os sinais de luz
têm o diâmetro de um cabelo humano.
Tradicionalmente, estes cabos começaram por ser
detidos por operadoras de telecomunicações que
estavam reunidas em consórcios. A partir da década
de 90 do século passado, empresas privadas come-
çaram a construir cabos e a vender as respetivas ca-
pacidades a interessados. Atualmente, tecnológicas
como Google, Microsoft, Amazon e Facebook estão
entre os maiores investidores nesta área.O MAIS LONGO
O SEA-ME-WE2 liga países tão distantes
quanto a Noruega, Austrália ou Japão.
Os 39.000 quilómetros totais foram completados
em 2000 e os dois grandes investidores
foram a France Telecom e a China Telecom.O MAIS RÁPIDO
Este é um cabo submarino no Pacífico,
que liga os EUA, Japão e Taiwan. São mais de
11 mil quilómetros. Mas o que mais impressiona
é a velocidade: 60 terabits/segundo. De um outro
modo, cerca de 100 filmes de alta definição
por segundo. O nome diz tudo: Faster.O CABO DA GOOGLE
O próximo cabo submarino em Portugal
vai ligar o nosso país à África do Sul
e deverá ficar operacional no próximo ano.