Guerreiro do
Império de
Segu, um dos
vários reinos
que existiram
na região.
do Mali.
Império
do Mali
Se Gana cresceu
pelas caravanas,
Mali – inicialmente
um pequeno reino
à margem do Rio
Níger – ganhou força
quando essas rotas
se deslocaram ao
Sul. Seus nobres
seguiam a fé islâmica
e chegavam a fazer
peregrinações a
Meca, percorrendo 8
mil quilômetros pelo
deserto. No século
16, dinastias menores
começaram a acossá-
lo. Implodiu em
1670, após a capital
Niani ser destruída
por tropas de Segu,
um reino vizinho.
até 1670
área
atual
partes de
Mauritânia,
Mali,
senegal,
gâMbia e
guiné.
DesenhanDo um Continente 17
ocidental, o Império Etíope mais moder-
no só apareceu para valer no século 13,
mas isso nunca impediu que seus im-
peradores reivindicassem uma conexão
profnda com tdo o que veio antes.
O mundo dos faraós
Na escola, é pouco provável que você
tenha estdado a civilização etíope. Mas
certamente teve aulas sobre o Egito
Antgo, a civilização dos faraós que é
dois milênios mais antga que a etíope,
com início por volta de 3100 a.C. Ela se
converteria na mais famosa e estdada
que a África já teve, e já possuía con-
siderável poder na época em que D’mt
começou a se formar. Enriquecidos e
alimentados pelo Rio Nilo, os egípcios
desse passado distante cruzaram os mi-
lênios conquistando terras vizinhas e
sendo conquistados por outas potên-
cias regionais. Sua história e cultra se
mesclaram com infuências dos povos
núbios, assírios e líbios, ente outos,
que habitavam a parte do mundo onde
o nordeste africano e o Oriente Médio
se encontam.
Apesar das tensões frequentes, o
Antigo Egito teve uma longevidade
rara, mantendo relatva autonomia de
forma quase contínua de 3100 a.C. até
o ano 30 a.C., quando, logo após a morte
de Cleópata, seu território acabou ab-
sorvido como mais uma província do
poderoso Império Romano. Nessa épo-
ca, os egípcios já haviam se afastado de
grande parte dos estereótpos normal-
mente associados à época de ouro dos
faraós, milhares de anos antes, quando
as pirâmides haviam sido constuídas.
A região estava bastante integrada à ci-
vilização greco-romana desde que havia
sido conquistada por Alexandre, o Gran-
de, em 332 a.C. Essa aproximação com a
Europa difndiu os conhecimentos do
Egito para o restante do mundo antgo –
e vice-versa. Um dos legados dessa fase
foi a fndação da cidade de Alexandria,
em homenagem ao conquistador, que
sediou uma das maiores bibliotecas da
Antguidade, posteriormente destuída
em um grande incêndio.
Trinta e duas dinastas se sucede-
ram no comando do Antgo Egito. A
Grande Pirâmide de Gizé, por exemplo,
uma das maravilhas do mundo antgo,
foi constuída durante a Quarta Dinas-
ta, que mandou no Egito ente 2600
e 2500 a.C. Nessa época, os egípcios
já dispunham de recursos capazes de
torná-los a civilização mais avança-
da de seu tempo, com façanhas de
engenharia tão surpreendentes que
ainda hoje provocam teorias da cons-
piração e especulações sobre como,
afnal, tornaram-se possíveis.
Não foram, porém, alienígenas
que ajudaram a erguer as pirâmides –
criadas como mausoléus gigantes para
faraós descansarem pela eternidade e
ostentarem o seu poder mesmo após
a morte. Elas foram fruto do tabalho
de dezenas de milhares de tabalhado-
res e voluntários, e de um intincado
sistema de rampas, canais aquátcos
os reinos africanos
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