Os autores do estudo desco-
briram que os astrócitos são ca-
pazes de detectar alterações nos
níveis de dióxido de carbono e de
acidez no sangue e no cérebro. É
justamente essa capacidade que
permite que as células possam
ativar redes neuronais envolvidas
na respiração localizada, regulan-
do a entrada e a saída do ar, de
acordo com a atividade orgânica e o metabolismo. Os astró-
citos liberam trifosfato de adenosina (ATP), nucleotídeo res-
ponsável pelo armazenamento de energia em suas ligações
químicas. O ATP assume a função de mensageiro químico
e estimula centros respiratórios para que uma quantidade a
mais de dióxido de carbono seja removida do sangue e elimi-
nada pela expiração.
Pesquisadores acreditam que os resultados do estudo po-
dem ajudar a entender melhor os mecanismos responsáveis
por problemas respiratórios como asma, enfisema e até a sen-
sação de fôlego curto causada pelo estresse ou por doenças
cardiovasculares. “O estudo indica que os astrócitos contro-
lam funções vitais e podem realmente ser considerados es-
trelas do cérebro”, disse Gourine. Na prática, a ciência com-
prova, mais uma vez, que o simples gesto de prestar atenção
à própria respiração pode ser uma forma bastante eficaz de
lidar com o estresse.
Técnica milenar
indiana costuma
ser bastante eficaz;
uma das principais
vantagens da
prática é a ausência
de efeitos colaterais
indesejáveis
respiração