Seus escritos não eram traduzidos e durante cerca de quarenta
anos praticamente não se mencionava o nome de Ferenczi.
A partir dos anos 1980, no entanto, iniciou-se o movimento
nomeado de “renascimento” de Ferenczi. Seus textos foram tra-
duzidos para várias línguas e publicações de destaque reabilita-
ram a importância da sua obra, sobretudo para a reflexão acerca
dos impasses encontrados pela psicanálise contemporânea no
tratamento dos pacientes traumatizados, que exigem do psica-
nalista uma presença sensível de modo que o encontro afetivo
possa atingir seus núcleos clivados inacessíveis.
Com humor, a psicanalista Giselle Galdi, editora do Ameri-
can journal of psychoanalysis, diz que um dos maiores incô-
modos provocados pelo pensamento ferencziano advém da
formulação de que, no exercício clínico, o psicanalista precisa
estar disponível para ser afetado e para sofrer alterações em
seu próprio psiquismo, opondo-se ao “analista teflon” – aque-
psicanálise
Em frente à Universidade Claro, em Worcester,
nos Estados Unidos, em 1909: Sigmund Freud (à frente, à esq), Stanley Hall, Carl G. Jung,
Sándor Ferenczi (atrás à dir.),
Ernest Jones e Abraham A. Brill