Viva Saúde - Edição 197 (2019-10)

(Antfer) #1
Tumores maiores
e em estados
avançados
contam
com opções
cirúrgicas
diferenciadas,
como a
laparoscopia,
robótica ou
as cirurgias
abertas,
disponíveis
no SUS

divulg

Ação

as causas
Como o câncer de intestino envolve pre-
disposição genética, pacientes com casos
semelhantes na família devem dobrar os
cuidados. Enquanto para a maioria das
pessoas recomenda-se a colonoscopia após
a quinta década de vida, pessoas com a ne-
oplasia na família devem fazer o exame a
partir dos 40 anos.
Além do fator hereditário, o câncer de
intestino vem aumentando nos últimos
anos. Existem inúmeras razões para que
isso aconteça, como melhorias no acesso ao
diagnóstico e o monitoramento dos casos,
mas nossos hábitos de vida também vêm
interferindo na questão.
A alimentação desequilibrada encabeça a
lista de fatores de risco, indicando a neces-
sidade do acréscimo diário de alimentos ri-
cos em fibras (frutas, verduras, legumes) e
líquidos. Isso porque o excesso de alimen-
tos industrializados, de carne vermelha e
de laticínios tem relação com o apareci-
mento do câncer colorretal. A doença ain-
da está associada à obesidade, uma epide-
mia mundial, ao sedentarismo, ao consumo
excessivo de álcool, ao tabagismo e ao es-
tresse – condições, muitas vezes, contorná-
veis desde que haja empenho das pessoas.

sthela marIa
muraD regaDas é
coloproctologista e
presidente da
Sociedade Brasileira
de Coloproctologia

Tais comportamentos, inclusive, ajudam
a explicar o aumento dos casos na popu-
lação mais jovem. Apesar de a doença ser
mais incidente na terceira idade, nos úl-
timos anos, houve acréscimo de 5,2% de
casos envolvendo homens e 5,6% em mu-
lheres, principalmente entre 20 a 29 anos,
nos Estados Unidos, segundo a Sociedade
Americana de Câncer.
Além de divulgar a extrema importância
do diagnóstico precoce do câncer color-
retal, a população deve saber que os tra-
tamentos estão cada vez mais modernos e
efetivos. Nos casos em que os tumores são
pequenos, essas lesões podem ser retiradas
por colonoscopia ou por ressecções locais
dos tumores. Já os maiores e em estados
avançados contam com opções cirúrgicas
diferenciadas, como a laparoscopia, robó-
tica ou as cirurgias abertas, disponíveis no
SUS. Há ainda outras opções de tratamen-
to, como a radioterapia e a quimioterapia.
Para informar a população sobre os misté-
rios que ainda rondam o câncer de intestino,
todo mês de setembro acontece a campanha
Setembro Verde, que alerta sobre a doença. E
acredite: com informação, você aprenderá
que o câncer colorretal não é um bicho-
-papão, como muitos ainda acreditam.

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