Quatro Rodas - Edição 718 (2019-02)

(Antfer) #1

seira sai de forma progressiva, mas é


possível que esse ajuste mude para


facilitar saídas de curva. Em algumas


situações o pneu traseiro interno che-


ga a sair do asfalto, comum em mui-


tos carros de competição.


O mapa de injeção deixou o motor


fraco em baixas rotações, mas acima


das 3.500 rpm o quatro-cilindros ber-


ra com vigor, fazendo com que o carro


destracione até em segunda marcha.


O ronco a 120 km/h na cabine, aliás,


chegou a 107,8 dB, bem acima do li-


mite saudável — mas um alento em


meio a uma Fórmula 1 silenciosa.


Como o HB20 manteve o hidro-


vácuo, os freios demandam bastante


aprendizado para o piloto, podendo


exigir até correções na direção duran-


te a frenagem para curvas fechadas.


O acelerador mais sensível faci-


lita a tarefa obrigatória de manter o


motor sempre acima dos 4.000 rpm,


mas a aderência restrita dos pneus


de rua demanda cuidado para não


se perder tempo em reacelerações.


Por outro lado, a comunicação dos


Pirelli P1 é previsível e gradual, ideal


para pilotos que estão estreando nas


pistas. Porém, segundo a Hyundai, os


pneus que serão usados na competi-


ção vão ser mais largos, 205/45 R17.


Um dos poucos pontos fracos é o


câmbio de seis marchas, que mante-


ve as relações originais, muito longas


para uso em pista. A marca afirmou


que as relações serão encurtadas no


modelo definitivo. A embreagem


original será mantida junto com os


pedais, que facilitam o punta-tacco.


A fabricante não revelou o custo


individual de cada carro, que não


será vendido. Segundo especialistas,


porém, uma preparação como essa


custaria R$ 40.000, além do custo de


um HB20 1.6 manual (R$ 55.590).


Apesar de ser um carro conside-


ravelmente fácil de ser pilotado, o


HB20 Motorsport vai exigir muita


perícia para que os competidores


extraiam os décimos de segundo que


são essenciais em corridas, sobretu-


do as monomarcas.


Somente o básico


foi mantido na


cabine depenada


A gaiola de proteção integral melhora a segurança ao


mesmo tempo que aumenta a rigidez torcional do HB20


O HB20 Motorsport


é previsível mas,


ainda assim,


arisco na medida


certa para uma


competição que


será porta de


entrada. Com o


câmbio mais curto,


tem potencial


para gerar boas


corridas.


++++


VEREDICTO


FICHA TÉCNICA


TESTE


Preço: R$ 95.590


(estimado)


Motor: flex, diant.,


transv., 4 cil., 1.591


cm³, 16V, 77 x 85,4


mm, 159 cv a 6.200


rpm, 17,8 mkgf a


5.400 rpm


Câmbio: manual


de seis marchas,


tração dianteira


Suspensão:


McPherson (dian-


teira) e eixo de


torção (traseira)


Freios: disco


ventilado com


pastilhas de com-


petição (dianteira)


e tambor (traseira),


sem ABS


Direção: mecânica


Rodas e pneus: liga


leve, 195/55 R15


(carro testado)


Dimensões:


comprimento, 392


cm; altura, 140 cm;


largura, 168 cm;


entre-eixos, 250


cm; peso, 870 kg;


tanque, 50 l


ACELERAÇÃO


0 a 100 km/h: 10,2 s


0 a 1.000 m:


31,7 s – 160,9 km/h


VELOCIDADE MÁXIMA


200 km/h*


RETOMADA


3ª 40 a 80 km/h: 6,9 s


4ª 60 a 100 km/h: 10 s


5ª 80 a 120 km/h: 15,6 s


FRENAGENS


60/80/120 km/h - 0 m:


23,3/39,1/n/a**


*Dado de fábrica


**Veículo sem ABS


FEVEREIRO QUATRO RODAS 47

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