38 | Sabor. club [ ed. 34 ]
É NO POSTO 6, ÚLTIMO PEDACINHO DE
Copa antes do Arpoador, que ficam a Colônia
de Pescadores mais antiga da cidade, o Forte de
Copacabana, com uma das vistas mais dramáticas
do Rio, a turma do stand up paddle, da canoa
havaiana, do triatlo. É também o ponto onde Carlos
Drummond de Andrade dava os seus passeios na
orla (a famosa estátua dele está lá), onde a turma a
criativa dos anos 1960 fez tanta coisa boa. É onde
o rock mundial descobriu o Brasil, ao abrigar os
astros que vinha para as primeiras edições do Rock
in Rio, no lendário hotel Rio Palace.
Dentro dele, éramos transportados para uma
atmosfera europeia aristocrática, não só no serviço,
como na decoração, no sotaque francês, que estava
por todos os cantos. Incluindo, claro, o inesquecível Le
Pré-Catelan, restaurante que nasceu nas mãos do mestre
francês Gaston Lenôtre, e que empregou o jovem
Claude Troisgros, aos 23 anos, quando chegou ao Brasil.É nesse mesmíssimo ponto com tanta história
e carisma que surge o recém-inaugurado Fairmont
Rio, dentro do mesmo prédio, criado para ser um
dos hotéis mais luxuosos da cidade, porém sem o
nariz empinado de outrora. Ele quer ser carioca,
com um despojamento chique, que começa
ao permitir que calçadão siga hotel adentro,
misturando-se com uma linguagem delicadamente
art-déco, com formas orgânicas e a predominância
das pasteis verde e areia, em cada detalhe.
A intenção é dar leveza ao espaço e fazê-lo se
integrar com o mar que vê-se pelas janelas. De
fato, é o que percebemos quando estamos, por
exemplo, à mesa no Marine, o ótimo restaurante do
hotel. Aqui, o chef Carlos Cordeiro, sob a direção
do francês Jerome Dardilac, serve uma cozinha de
produto, comprometida com o frescor dos pescados
e vegetais que vão para um equipamento que
mistura grelha e forno numa só peça. Isso significa4VIG ̄Q
inaugurado
Fairmont
Rio, em
Copacabana,
quer ser
carioca,
com um
despojamento
chique, que
começa ao
permitir que
calçadão siga
hotel adentro,
misturando-
se com uma
linguagem
delicadamente
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