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GRANDE ANGULAR
Instituto Moreira Salles adquiriu
um conjunto de cerca de 2 mil
obras do artista português
Fernando Lemos, entre fotografias, gravuras,
desenhos e peças de design, e ainda um
conjunto de 98 imagens do fotógrafo
alemão Albert Frisch (1840-1918), realizadas
entre 1867 e 1868 na Amazônia brasileira.
O
Duas obras produzidas por Lemos entre 1949 e 1952 que estão na exposição: Eu Poeta (autorretrato) e Luz Teimosa
Jacaré na Amazônia
registrado entre 1867
e 1868 na expedição de
Albert Frisch pela região
Albert Frisch/Acervo IMS
IMS adquire obras do acer vo de
Fernando Lemos e Albert Frisch
Nascido em Lisboa, Portugal, em
1926, Lemos foi uma figura de proa no
movimento surrealista português no
início da década de 1950. Suas primeiras
fotografias são retratos de personalidades
da cena artística portuguesa e trucagens
que criam ambientes fantásticos, com claro
viés político. Descontente com a ditadura
salazarista, ele se mudou para o Brasil em
- Aqui, logo ganhou proeminência,
ao expor suas fotos, no mesmo ano, nos
museus de arte moderna das cidades de
São Paulo e do Rio de Janeiro.
A trajetória artística multifacetada de
Fernando Lemos pode ser conferida na
exposição Fernando Lemos – mais a mais ou
menos, aberta no Sesc Bom Retiro, em São
Paulo (SP), até o dia 26 de janeiro de 2020.
Com curadoria de Rosely Nakagawa, reúne
86 obras em suportes variados.
Já as obras de Albert Frisch foram
compradas em um leilão realizado pela
Sotheby’s em Nova York, EUA, pelo valor
de US$ 81.250 – trata-se de um recorde
obtido por trabalhos de Frisch, segundo a
casa de leilões. As imagens de Frisch, que
Fotos:
Fernando Lemos