Vegetarianos - Edição 156 (2019-11)

(Antfer) #1

notas veg


12 Vegetarianos

O


fato de marcas
veganas usarem
termos como
hambúrguer, carne
e salsicha em seus produtos
têm gerado incômodo. Tanto
é que a França, em 2018,
tomou uma atitude radical
e proibiu que alimentos à
base de vegetais utilizassem
essas denominações em suas
embalagens. O argumento
foi que ao utilizar um termo
que está muito associado
ao universo da carne, um
produto vegano poderia fazer
o consumidor crer que estava
comprando um alimento de
origem animal. Justificativa
bem questionável!
No Brasil, o projeto de lei
2876/2019, que segue em
tramitação na Câmara, se
utiliza do mesmo argumento.

A polêmica


dos nomes


Foto:

Divulgação

sem álcool não é mais cerveja?
O que leva a reflexão: um
hambúrguer de lentilha não pode
ser chamado de hambúrguer só
porque não é feito de carne?
Os EUA encontraram uma
saída simples (que, na verdade, já
é o que acontece) para solucionar
o argumento de que os
consumidores poderiam se sentir
“enganados”. A lei exige que os
produtos veganos associem o
termo à matéria-prima da qual
ele é feito, tal como “hambúrguer
vegetal” ou “linguiça de soja”,
evidenciando que não se trata de
um produto de origem animal.

O texto pede
a proibição
de qualquer
nomeação que
estabeleça
ligação entre
produtos
feitos de carne e aqueles
à base de vegetais.
Em defesa das marcas
veganas, foi lançada uma
campanha no YouTube (acesse
no link: twixar.me/4Lx1)
que contou com apoio de
83 empresas brasileiras,
incluindo a Revista dos
Vegetarianos. O vídeo mostra
que diversas palavras já
ganharam novos significados a
partir de transformações sociais
e questiona: o carro é um veículo
com motor movido a combustão,
então um automóvel elétrico não
pode se chamar carro? Cerveja

Culinária turca
No bairro de
Pinheiros, em
São Paulo, acaba
de estacionar
um food truck de
comida vegana especializado
em kebabs, o Cão Verde. Tem
recheio de cogumelo, carne de
jaca ou falafel com avocado.
Cada um sai em torno de
R$ 23. Funciona de segunda à
sexta (exceto quinta), entre 12h e
15h30. + Rua dos Pinheiros, 791


  • @cao_verde_oficial


Hortelões modernos
A ISLA acaba de criar o Clube
Minha Horta, primeiro serviço
de assinatura de sementes do
Brasil. Ele está disponível em dois
tipos de pacotes: o Plano Super
(R$ 33 por mês), que consiste em
entregas bimestrais; e o Plano
Econômico (R$ 26 por mês), que
é trimestral. Os envios para cada
cliente são personalizados de
acordo com a época de cultivo
e a região. O serviço pode ser
adquirido pelo site:
http://www.clubeminhahorta.com.br.

Testes sem animais
O Rio de Janeiro sediará o
primeiro laboratório brasileiro
de pele humana para realização
de testes de produtos. Serão
usados pedaços de pele
descartados em cirurgia plástica,
doados com consentimento
de pacientes. Das peles serão
extraídas algumas células
específicas que serão cultivadas
em placas de cultura. Elas
poderão ser usadas para avaliar
potencial alergênico, irritação
cutânea e proteção solar.

Notas verdes

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