Adega - Edição 169 (2019-11)

(Antfer) #1

MUNDOVINO |^


EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

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Celtas pobres


também bebiam vinho


Estudo sugere que consumo da bebida era mais amplo
que se imaginava entre a sociedade do sul da Alemanha

odo
a

De acordo com um estudo publicado na revista PLOS
One, os celtas da Idade do Ferro bebiam vinho na região
de Baden-Württemberg, na Alemanha, muito antes da
chegada dos romanos. Os pesquisadores analisaram 133
recipientes, de taças a jarros, para aprender sobre a vida
na colina de Heuneburg entre os séculos VII e V a.C. e
descobriram que o vinho não se destinava somente à elite,
como antes se pensava.
“O vinho consumido em Heuneburg provavelmente foi
importado do Mediterrâneo”, disseram os pesquisadores, que
não encontraram “evidência de vinificação” na área. Além
disso, foram encontrados vestígios de vinho em áreas pobres
e ricas. Isso sugere que o vinho era uma bebida cotidiana
que ajudou a definir a identidade da comunidade.
Mas as coisas mudaram e o vinho pareceu se tornar
mais um símbolo de status. “Certos atores da sociedade

celta primitiva parecem ter conseguido transformar
o significado do vinho, limitando com sucesso
seu consumo a certos espaços”. Isso, segundo os
pesquisadores, poderia ter sido um ponto de virada e
talvez o motivo pelo qual o escritor grego Poseidonius
observasse vários séculos depois que “as elites celtas
bebiam vinho enquanto as partes mais baixas da
sociedade celta consumiam cerveja”.

Regular


Pesquisa diz que beber moderadamente vinho não aumenta o risco de demência


Umnonovoestudo
dauniversidadidade
de Harvardsugere
queoconsumo
regular e moderado

sofrem com taxas mais baixas de declínio
cognitivo, levando à demência, do que os
que bebem muito. Além disso, eles não
sofreram maior risco do que os que não
bebem.
O estudo, publicado no Journal of
American Medical Association (JAMA),
analisou dados do mapeamento
“Ginkgo Evaluation of Memory”, que
acompanhou 3.021 americanos com
72 anos ou mais de 2000 a 2008. O
estudo acompanhou o consumo de
álcool dos participantes, entre outros
fatores, permitindo que os pesquisadores
controlassem inúmeras variáveis.
Com base em pesquisas e no número
de participantes que sofreram declínio

cognitivo e demência, os dados deixam
claro que o consumo excessivo de
álcool ao longo da vida é ruim para
a capacidade cognitiva. Porém, “o
consumo diário de baixa quantidade foi
associado a um menor risco de demência
em comparação com o consumo pouco
frequente de quantidades maiores”, disse
Majken K. Jensen, autor do estudo.
Os pesquisadores descobriram
que os participantes que bebiam com
moderação, especificamente quantidades
pequenas e regulares, tinham o mesmo
desempenho que aqueles que não
bebiam. Uma bebida ocasional não
afetou adversamente a capacidade
cognitiva.

de álcool pode ter pouco ou nenhum
efeito sobre a capacidade cognitiva à
medida que envelhecemos. Segundo ele,
as pessoas que bebem com moderação
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