Adega - Edição 169 (2019-11)

(Antfer) #1
nível de serviço oferecido?”. Temos um ní-
vel de 98%, mas isso não é suficiente para
nós, sempre há alguém que não está feliz e
vamos tentar chegar a eles, encontrar novos
serviços, criar coisas novas para que seja mais
fácil para eles estar numa feira de negócios. A
ProWein é o exemplo mais duro, são três dias
de negócios vorazes. Parece divertido dizer
“estou numa feira de vinhos”, mas, para os
produtores, é sempre negociação, não é tão
fácil. É preciso achar uma forma de ser con-
veniente para todos. Temos nossas próprias
expectativas para os serviços que oferecemos
com o nível de profissionalismo que entre-
gamos, mas também somos muito abertos e
perguntamos o que podemos fazer melhor.

Que tipo de padrões de serviço vocês têm?


Leverd- A forma como você lida com as ta-
ças, por exemplo. Normalmente, nas feiras,
os visitantes levam suas próprias taças e vão
de estande em estante. Aqui o expositor dá
a taça e pega de volta. É um detalhe, mas
é um primeiro sinal de como se desenvolve
uma feira B2B. O degustador profissional
não quer que sua taça tenha o sabor do vinho
que provou antes.

Como pensam a participação


dos diferentes tipos de expositores na feira?


Mingers- Temos uma história de sucesso
com a ProWein em Dusseldorf e temos mui-
to sucesso na China também. Do nosso lado,
de organizadores, o sentimentos é que cada
país, cada produtor, tem o mesmo nível,
ninguém é mais importante, não importa se
você é de um país tradicional, ou outro que
não tem tradição, todo mundo tem a mesma
chance de participar, todos têm o mesmo ser-
viço, a mesma atenção... Isso é algo que não
quero que nenhum cliente sinta, que possam
ser menos importantes que outros. Lealdade

com o cliente. Comecemos pequenos na
Alemanha, basicamente com importadores,
e se desenvolveu ano a ano. A indústria apre-
cia como tratamos todos, isso é o principal.
Precisa-se manter isso em mente.

Qual a importância dos fóruns
de discussão durante a feira?
Leverd- Extremamente importantes. Em
mercado em que o consumo de vinho não é
muito grande, a educação é o primeiro passo
para levar a mais consumo, e mais negócios.
No Brasil, acho que o consumo já existe, mas
há espaço para conhecer novos países, novas
regiões, apresentar isso, e também para a in-
dústria compartilhar novas tendências. Para
nós, não há feira sem uma plataforma de
educação, conferências. Vinho você precisa
provar, é o básico de um produto.

Mingers- É pura emoção, o vinho em si.


Por que apoiar uma feira no Brasil?
Mingers- Trabalhamos com parceiros como
Malu Sevieri e Rico Azeredo há mais de 10
anos. Eles estão organizando a participação
brasileira na ProWein em Dusseldorf, mas
eles não fazem só a ProWein conosco. Te-
mos cerca de 60 feiras em Dusseldorf, então
eles têm muita experiência. Eles disseram
que havia uma oportunidade para uma feira
no Brasil, então encontramos um parceiro,
Christian, da revista ADEGA, e ele pôde
trazer os insights da indústria. Eles queriam
fazer algo, mas no nível da ProWein. Tenta-
mos encontrar uma sinergia com a nossa ex-
periência (você não precisa cometer os erros
pelos quais já passamos) e trocamos ideias,
experiências. Estamos aqui para dar uma
olhada no que está acontecendo, e estamos
bem impressionados de ver a forma como se
desenvolveu para uma estreia.

Os expositores


estão pagando


muito caro


para ter um


estande aqui,


então querem


bons contatos


de negócios,


não querem


perder tempo


ou dinheiro

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