Edição 169 >> ADEGA 95
Argentina. Você precisa ter esse conhecimento.
Sim, foi uma vantagem minha estar em Lon-
dres, pois lá tem todos os vinhos do mundo e
você pode prová-los regularmente, e acho que
isso é mais difícil, ou pelo menos mais caro,
para pessoas que vivem em países que só tem
vinhos locais. Mas não dá para dizer que não
são capazes. Você precisa conhecer e estar fa-
miliarizado com os vinhos chave de cada estilo
do mundo, pois, do contrário, você não é um
MW, é preciso ter uma visão completa.
Você viajou muito?
Quando estava na Majestic, tive a sorte de ga-
nhar viagens de vendas e fui para alguns luga-
res. Através do programa de estudo, fui para
Nova Zelândia, estudei na Austrália, fui para a
Alemanha... Mas ainda quero ver mais. A pró-
xima viagem é para o Chile, onde nunca esti-
ve. E preciso voltar e ver os vinhedos no Brasil.
Você é uma das mais jovens
Master of Wine, o que vem depois?
Todo mundo pergunta isso, se vai mudar
completamente sua vida, mas ainda amo edu-
cação e amo ensinar as pessoas, e vou conti-
nuar fazendo isso. Quero agarrar ao máximo
as oportunidades, ver o mundo. Como MW,
você recebe seis mentorias, então preciso aju-
dá-las. E estou envolvida com o instituto, pois
sou uma professora.
Teria outra carreira que não no vinho?
Nunca soube o que queria ter como carreira,
decidi depois da universidade, amo viajar, amo
visitar países diferentes, amo educação, mas
acho que ensinar sobre vinho é muito mais fácil
do que ensinar adolescentes que não querem
estar na escola. Não acho que seria esse tipo de
professora. Amo vinho, comida, viagens, não
consigo me ver fora disso.
Você precisa saber um pouco
de tudo, cultivo, vinificação,
embalagem, negócios, tendências,
vinhos de todo o mundo, você precisa
ter um conhecimento muito
amplo, essa é a parte mais difícil
MAIS JOVEM
Lydia não é
a mais jovem
Master of Wine
do mundo.
Esse título é de
Thomas Parker,
que completou
30 anos
recentemente
Osíris Bernardino