National Geographic - Portugal - Edição 215 (2019-02)

(Antfer) #1
Porto

Lisboa

GOLEGÃ

N

LABORATÓRIO ESCURO
Era aqui que a “magia”
acontecia. Uma solução de
colódio sobre a placa de vidro
permitia a estampagem
da fotografia captada.


HOMENAGENS NA FACHADA
Projecto de grande simbolismo,
a casa-estúdio presta
homenagem na fachada
principal a Nièpce e a Daguerre,
pioneiros da técnica fotográfica.


Na construção do atelier, Carlos
Relvas utilizou 33 toneladas
de ferro fundido, num momento
histórico em que este material
ganhava dignidade. Nas obras
de restauro em 2007, foi necessário
importar ferro da Bélgica.


A placa de vidro era
limpa para remover
impurezas e polida
com solventes.

Era aplicada no vidro uma
emulsão em colódio
composta por vários
elementos, entre os

Já dentro da máquina,
destapava-se a lente
para a entrada da luz.
O momento captado
pelo fotógrafo ficava
registado em negativo
na placa de vidro,
após longa exposição.

De regresso à sala
escura, a solução
reveladora era vertida
sobre a placa. Ao verter
água sobre a placa,
interrompia-se
a revelação.

Novo banho numa
solução fixadora
permitia “congelar”
o momento. Seguia-se
novo banho de água e,
já seca, a placa
era aquecida sobre
uma camada de verniz.

A aplicação da solução
líquida de colódio
obrigava à rapidez
do processo: cerca
de 15 minutos
até o colódio secar.

O FERRO COMO
ELEMENTO NOBRE USO DO COLÓDIO
Intitulando-se fotógrafo amador
nas exposições internacionais
em que participava, Carlos Relvas
testou vários métodos.
Apresenta-se aqui sumariamente
o processo do colódio húmido
para gerar negativos.


quais o nitrato de prata.
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