Síndrome do Pânico - Ano 1 Nº 1 (2018)

(Antfer) #1
TexTo Larissa Tomazini Design zu Fernandes

Auxílio


essenciAl


alicerce


Família e grupos de apoio: qual
o papel que eles desempenham
ao longo do tratamento?

Marina Cilino e Milene Rosenthal, psicólogas  F oto GettyPreminum.com

o uso
equilibrado da
tecnologia é
uma excelente
porta para
a abertura
de novos
conhecimentos
também.
Por isso, saber
usá-la nos
momentos
ideais é
fundamental
para manter a
qualidade de
vida

sempre ao lado
Sim, é inegável dizer que a família tem um
papel fundamental no tratamento da síndrome
do pânico e de outros problemas da mente,
sendo que o primeiro passo é encorajar o
paciente a buscar ajuda de um profissional
da área para obter uma orientação correta
sobre o problema. “Infelizmente, ainda existe
um desconhecimento muito grande sobre
esse transtorno, que pode ser traduzido pela
família como “fraqueza”, “preguiça”, ou “descul-
pa” do paciente para não conseguir cumprir
suas atividades diárias ou expressar medo de
situações cotidianas. Por esse motivo, o apoio
da família se torna crucial, pois, sem o seu
apoio, o paciente pode ter o seu processo de
melhora prejudicado”, esclarece a psicóloga
da TelaVita, Milene Rosenthal.
Entretanto, cabe destacar que para que os
parentes e amigos próximos consigam auxi-
liar no processo da cura, é fundamental que
compreendem a doença em questão. Além


disso, o indicado é que os familiares tenham
calma e tato quando forem tocar no assunto,
para que ambas as partes não sofram. Assim,
informar-se com o terapeuta responsável é
uma excelente ideia.

não é só a família
Pode até parecer estranho, mas é possível
encontrar suporte em pessoas completamente
desconhecidas, que não fazem parte do con-
vívio diário. Isso acontece devido à existência
dos conhecidos grupos de apoio, os quais
oferecem um espaço seguro e livre de julga-
mentos, onde os pacientes com problemas
variados podem experimentar uma atmosfera
positiva de superação. “Nesses locais, as pes-
soas que sofrem com a síndrome do pânico
têm a oportunidade de compartilhar suas
dificuldades, suas dores e suas experiências,
criando um vínculo importante e que pode
ser considerado terapêutico, pois existe um
entendimento mútuo”, complementa Milene.

V


ocê já parou para pensar que diante do diagnóstico de um problema de saúde, como as doenças de cunho
psicológico, os parentes e os amigos podem ser o alicerce que o paciente precisa para se reerguer? Além disso,
são justamente essas pessoas que conseguem perceber com maior facilidade as mudanças de comportamento
decorrentes dos distúrbios mentais, ou seja, ainda desempenham papel de muita importância no diagnóstico dos
transtornos. “Em geral, os sintomas de problemas psicológicos aparecem isolados e vão se associando aos poucos, portanto,
também deve-se atentar ao perceber o familiar sem ânimo para realizar as tarefas que anteriormente lhe agradavam mais,
falta de interesse pela vida, isolamento social, tristeza, choro fácil, descrença e pessimismo”, conta a psicóloga Marina Cilino.
Afinal, de que forma a família pode ajudar o paciente ao longo do tratamento?


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