internacional estados Unidos
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20%, e Elizabeth Warren, com 19%.
Sanders e Warren competem cabeça
a cabeça pelo mesmo eleitorado:
aquele que se cansou do ramerrão de
sempre e está disposto a apoiar pro-
postas radicais, como saúde e educa-
ção superior de graça, controle das
grandes corporações e altos impos-
tos sobre as grandes fortunas. Biden,
político do sistema, é o moderado
que conta atrair os votos dos demo-
cratas assustados com os ventos de
mudança (a maioria, até agora). Se
tudo continuasse assim, seria pouco
provável que o ex-prefeito de Nova
York arriscasse uma pré-candidatu-
ra. Mas Biden vem se enfraquecen-
do, tanto pelas gafes e lapsos de me-
mória quanto pelo envolvimento no
Ucraniagate: a pressão de Trump so-
bre o governo da Ucrânia que desen-
cadeou o atual processo de impeach-
ment foi justamente para tentar de-
sencavar podres sobre o ex-vice e o
filho dele, Hunter, muito bem pago
membro do conselho de empresas
ucranianas na época em que foram
investigadas por corrupção. É no re-
banho de Biden que Bloomberg, ou-
tro moderado da linha pragmática,
se prepara para dar o bote.
radical Warren: programa prevê saúde de graça e taxação de fortunas
primeiros Opostos: Bloomberg quer o lugar do moderado Biden (à esq.) nas graças dos eleitores que temem Sanders
Em idade, Bloomberg se encaixa
perfeitamente no clube: tem 77 anos,
menos que Sanders (78) e mais que
Trump (73) e Warren (70). Em diver-
sas ocasiões, deu voz e muitos bilhões
a campanhas por mais controle de
porte de armas e em defesa do meio
ambiente, o que pode inflar suas
chances junto aos eleitores de centro
ainda indecisos. Outro diferencial é
circular à vontade por Wall Street e
ter acesso irrestrito ao mais alto pata-
mar do meio empresarial. “Ele prova-
velmente vai usar o argumento de que
é liberal nas áreas sociais e moderado
na economia, como forma de se desta-
elise AmendolA/AP
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