geral
92 20 de novembro, 2019
Negócios
NÃo faz muito tempo, cada vez
que a Apple anunciava o lançamento
de um novo produto, o mundo da tec-
nologia de consumo entrava em frene-
si. Primeiro sob a batuta do fundador
Steve Jobs e depois já na gestão do exe-
cutivo-chefe Tim Cook, os figurões do
universo digital se reuniam em um au-
ditório em Los Angeles ou São Fran-
cisco para ver em primeira mão as no-
vidades, mesmerizados. De imediato,
os consumidores mais fiéis, os chama-
dos early adopters, começavam a tra-
çar a estratégia para comprar o produ-
to em questão antes de todo mundo
(basicamente juntar dinheiro e esco-
lher a loja em frente à qual passar al-
guns dias e noites). Hoje, tais situações
se tornaram bem mais raras. Tanto
que o lançamento da empresa que
mais ouriçou os applemaníacos em
2019 foi o de um minúsculo fone de
ouvido à prova de suor, com sensores
para cancelamento de ruído externo e
preço de 250 dólares nos Estados Uni-
dos ó pouco mais de 1 000 reais.
comprar
para quê?
Com as vendas dos iPhones em queda, a Apple se prepara
para diversificar suas receitas com um serviço de assinatura
de seus belos — e caros — celulares Victor irajá
Com uma política de preços altos,
acuada pela concorrência agressiva e
por novidades cada vez menos bom-
básticas, a Apple resolveu travar suas
batalhas em outro campo. O gigante
da tecnologia, ainda posicionado co-
mo a empresa mais valiosa do mundo,
vai entrar pesado na área de serviços
e atuar em um novo nicho: o das assi-
naturas de celulares. Por meio do
programa, o cliente paga uma tarifa
mensal à companhia, o que lhe garan-
te ter sempre um modelo atualizado
em mãos, associado a um pacote de
benefícios. Com isso, a Apple mantém
seu consumidor fiel à tecnologia e sua
já polpuda cesta de serviços como
iCloud, Apple Music e Apple Pay, en-
tre outros. “Até pouco tempo atrás, a
Apple se destacava por oferecer a me-
lhor câmera, os displays mais bem re-
solvidos, o design mais elegante e os
dispositivos mais atraentes. Hoje, isso
mudou. Seus últimos produtos têm
pouca inovação e são muito seme-
lhantes aos de empresas como Sam-
sung e Huawei, e que custam bem me-
nos”, diz o presidente da consultoria
IT Data, Ivair Rodrigues.
O recesso criativo da maçã califor-
niana, além de visível nas prateleiras
das Apple Stores, é facilmente consta-
tado nos números. No último trimes-
tre, a Apple amargou queda de 9% nas
vendas de iPhone em relação ao mes-
mo período no ano passado ó o lucro
MÊS A MÊS Para garantir a fidelidade dos consumidores, o varejo aderiru ao serviço de assinaturas
PRODUTOS
EMPRESA
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barbear, cabo do
barbeador e jornal
De 25 a
36 reais
PORTO SEGURO
Carros
De 999 a
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