Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

(Antfer) #1
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NBAA-BACE 2019


O QUE ESPERAR


DA AVIAÇÃO DE


NEGÓCIOS?


Seis tendências apresentadas


na conferência de Las Vegas deste ano


POR |DAVID CLARK*, DE LAS VEGAS, ESPECIAL PARA AERO MAGAZINE


ASCENSÃODOBIGDATA


COMBUSTÍVEIS
SUSTENTÁVEIS
Para se manter à frente das
controvérsias relacionadas às
questões ambientais, a indústria
aeronáutica está desenvolvendo
novos combustíveis sustentáveis
(SAF, na sigla em inglês) para
aeronaves particulares. O mix
atual de SAF (fabricado a partir de
produtos de amido de milho) com
o Jet-A é de 50-50, resultando em
uma queima mais limpa e redução
das emissões gerais de C02. A
opção pela mistura se dá porque o
SAF custa atualmente duas a três
mais do que o Jet-A. Pesquisas
mostram que oito bilhões de litros
por ano de capacidade poderiam
ser usados de SAF até 2032. O
objetivo do mercado de aviação de
negócios é reduzir as emissões de
CO2 até 2050 e várias conferên-
cias importantes estão planejadas
para resolver esse problema. Espe-
re mais inovações em relação aos
combustíveis sustentáveis, que, em
conjunto com aeronaves elétricas
e motores com menor consumo
de combustível, tornarão a aviação
privada líder em eficiência e trans-
porte ecológico.

EVTOL
Esse segmento está se tornando tão popular que
uma área especial foi dedicada a ele na feira. As
aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem
vertical (eVTOL) se tornaram um grande foco para
empresas como a Uber, por exemplo, que recen-
temente se associou à Signature Flight Support,
a maior cadeia mundial de bases de aviação com
mais de 200 FBOs. A Signature começará em breve a
construir a infraestrutura para aeronaves eVTOL em
locais selecionados chamados skyports. Trata-se de um
segmento da aviação de rápido crescimento e, embora não
pretenda substituir completamente os helicópteros, será uma for-
ma comum de transporte de massa nos próximos 10 anos. Será verde, seguro e
rápido. Espere mais notícias sobre esse segmento nos próximos anos.

Dados, eis a nova palavra da moda na
aviação e isso veio à tona na convenção da
NBAA. Operadoras como a Vistajet já se
veem como empresas de dados que atuam
no fretamento de aeronaves. No evento
deste ano, a Bombardier e a GE uniram
forças para instalar caixas HMU (Health
Monitoring Units) por meio de um novo
programa chamado Smart Link Plus. Es-
sas “caixas-pretas” capturam milhares de
dados de cada voo, que, combinados com
os dados de demais aeronaves da frota,
fornecem insights e permitem medidas
preventivas que elevam a capacidade de
despacho para quase 100%. Ao combinar
essa enorme quantidade de informações

com
inteli-
gência
artifi-
cial, as
tendên-
cias podem
ser identifica-
das com antecedên-
cia, permitindo que ocorra uma
manutenção mais preventiva. Esse é um
grande desenvolvimento e uma tendên-
cia crescente. Dados já existentes serão
consolidados, analisados e fornecerão
insights para tornar a aviação mais segura
e eficiente. Esse, no final, é o objetivo.
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