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SEGURANÇA
OPERACIONAL
Existem muitas outras mu-
danças ocorridas na aviação
privada, incluindo a chegada
do novo sistema de espaço
aéreo no início de 2020, o
advento dos primeiros jatos
executivos supersônicos do
mundo, a popularidade de
aplicativos para fretar ou com-
prar assentos em pernas de
voo, bem como novas tecno-
logias de cockpit, como o Pre-
dictive Landing Performance
(padrão no novo G700) e
dispositivos HUD vestíveis.
No final, a segurança deve ser
aprimorada e as operações se
tornar mais eficientes.
Embora muitos esforços estejam sendo
realizados para atrair mais gente para o
mercado de aviação, principalmente jovens, é
surpreendente pensar no número de pessoas
necessárias para trabalhar no setor apenas nos
Estados Unidos. Este ano, a Boeing divulgou
um relatório informando que, nos próximos
20 anos, o segmento de aviação precisará de
804 mil novos pilotos, 769 mil novos técnicos
e 914 mil novos tripulantes de cabine tanto
na aviação comercial como na privada. São
números exponenciais em um mercado que se
depara com aposentadorias recordes e rotas em
expansão. O sindicato de pilotos da Delta Air-
lines acabou de solicitar à gerência que acelere
o processo de contratação de pilotos, para não
repetir as horas extras recorde pagas no verão
passado. A administração da Delta reconheceu
que não havia acompanhado esse processo de
contratação e prometeu contratar mais pessoas
em todos os segmentos. Já a United Airlines
acaba de anunciar que 10 mil pilotos serão
contratados nos próximos 10 anos. Todos os
segmentos estão contratando e a aviação pri-
vada está lutando para acompanhar. Embora
essa crise ainda não tenha atingido o Brasil,
como em outras partes do mundo, em breve
o fará – e com força total. É possível imaginar
que, nos próximos três anos, os operadores e
as companhias aéreas do Brasil enfrentarão
uma escassez semelhante, pois as escolas de
aviação estão fechando e a infraestrutura não
existe para trazer piloto ou mecânico para o
mercado em um curto espaço de tempo. Este é
um esforço plurianual e deve ser levado a sério
antes que uma escassez comece a prejudicar o
crescimento.
GUERRADETITÃS
HÁ VAGAS
- O consultor de
aviação David Clark é
diretor administrativo
do Integris Aviation
Group e especializado
em vendas e aquisi-
ções de aeronaves no
Brasil, trabalhando com
algumas das maiores
empresas e pessoas
físicas com altíssimo
patrimônio do país.
Este ano, a grande novidade da feira foi a
enorme encomenda de 1,4 bilhão de dólares
(sim, bilhão) para jatos Embraer Praetor feita
pela Flexjet, uma empresa de propriedade
compartilhada que também já reservou 20
jatos de negócios supersônicos da Aerion.
A outra grande novidade foi o lançamento
do Gulfstream G700 com cinco zonas de
cabine. Ele competirá com o Bombardier
Global 7500. A Gulfstream já tem mais de
dois bilhões de dólares em pedidos para a
nova aeronave, que ainda tem alguns anos
para ser entregue. Embora não voem mais
rápido do que modelos
anteriores, como o G650
(velocidade máxima de
0,92 Mach), essas aeronaves ficam cada vez
mais longas e trazem mais comodidades a
bordo para atender aos viajantes de negócios
que rodam o mundo em questão de horas.
Internet de alta velocidade, melhor pressuri-
zação e circulação de ar da cabine são todos
os recursos padrão desses escritórios no
céu. Com preço de 75 milhões de dólares, o
mercado é limitado, mas as encomendas já
estão cheias.
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