Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

(Antfer) #1

O


convite para o
voo 9296 da Azul
Linhas Aéreas
Brasileiras partindo
de Campinas (VCP)
com destino à Brasília (BSB) vem
de um interlocutor inusitado. Com
microfone na mão, postado atrás do
balcão do portão C06 do aeroporto
de Viracopos, hub da empresa, o
próprio CEO John Rodgerson anun-
cia pelos alto-falantes o início do
embarque. É um dia histórico para
a jovem companhia aérea brasileira
fundada por David Neeleman, com
pouco mais de uma década de exis-


tência. Será o primeiro voo regular
do Embraer 195-E2 operado pela
Azul, reservado a convidados.
A bordo do novíssimo jato,
bem acomodado no assento 1B
(sem ninguém à frente!), com a
bagagem de mão colocada nos es-
paçosos bins, tenho a oportunida-
de de conversar com os pilotos do
voo antes da decolagem. Estão no
cockpit Lucas Pires, chefe de Equi-
pamento da Frota da Embraer da
Azul, e Guilherme Rochi, gerente-
-geral de Treinamento da empresa.
“Na comparação com o E1, além
da melhoria de performance e da

mudança no formato das asas, o
E2 conta com telas maiores e mais
modernas, e recebeu incrementos
tecnológicos como um radar 3D
com informações mais precisas e
um sistema de visão sintética [o
SVS]”, diz Rochi, comandante do
voo. “Apesar disso, temos grande
‘comunalidade’, o treinamento
para pilotos do E1 é de dois dias e
meio, com duas sessões de FTD,
que é um dispositivo fixo de trei-
namento de voo”, acrescenta Pires.

O MINISTRO E O MERCADO
De volta à cabine de passageiros,
o CEO da Azul mantém o clima
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