Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

(Antfer) #1

MAGAZINE 306 | (^59)
metros e meio de comprimento e
a magistral pintura, mas, também,
pelas linhas aerodinâmicas e o de-
senho tanto das novas asas como
dos estabilizadores horizontais e
do trem de pouso, que realmente
impressionam. Com um formato
único e slats até a raiz da asa, seu
desenho seguiu na contramão
dos projetos anteriores, abolindo
winglets ou sharklets.
CABINE
Continuo a admirar a aeronave
pelo lado de fora por mais alguns
instantes antes de subir a escada
para o embarque. Dirijo-me
diretamente para a cabine de
comando onde converso com os
comandantes sobre as novi-
dades que, de pronto, vejo no
cockpit. O que mais se destaca
é a simplicidade da cabine e os
recursos embarcados.
A grande maioria dos sistemas
possui modos automáticos de con-
trole, principalmente em caso de
pane. O piloto só tem de intervir
caso o modo automático também
apresente falha. Isso já reduz e
muito a carga de trabalho da
tripulação. No painel, o sistema de
indicação de atitude da aeronave
conta agora com visão sintética
e reproduz o relevo tridimensio-
nalmente para os pilotos. Essa
característica aumenta e muito
a segurança operacional, prin-
cipalmente em regiões de difícil
operação e baixa visibilidade.
Na cabine de passageiros,
há uma configuração de duas
classes, executiva e econômica. No
formato em que está configurada
a classe executiva, assentos lado a
lado estão instalados de maneira
que os passageiros sentados ao
lado das janelas consigam entrar e
sair de seus lugares sem incomo-
dar quem está no corredor.
Já na cabine da classe econô-
mica, os assentos foram instalados
com distâncias diferentes para
demonstrar as possibilidades de
uma configuração de alta densi-
dade, que, em classe única, pode
acomodar até 146 passageiros.
Não há sob os assentos qualquer
obstáculo até o piso, permitindo
ao passageiro que acomode uma
mala de mão no tamanho máximo
permitido pelos regulamentos em
vigor. Portas fechadas, vamos ao
voo!
DECIBÉIS
Somos aproximadamente 50
pessoas a bordo, sem carga nos
porões e seis mil e quinhentos
quilos de combustível. Após
o acionamento dos motores e
o briefing de praxe feito pelo
comandante, a aeronave inicia
o táxi até o ponto de espera da
cabeceira 17R de Congonhas.
No táxi, o ruído dos motores
no momento em que o piloto
comanda uma aceleração para
início do movimento é um pouco
elevado, incomum para aeronaves
desse porte.
Aguardamos o pouso de uma
aeronave para ingressar na pista.
Passados alguns instantes, a torre
libera nossa decolagem. O piloto
então inicia a aceleração para uma
decolagem de máxima performan-
ce e, em menos de mil metros de
corrida, já estamos voando.
Utilizo um aplicativo em meu
telefone para medir o ruído a bordo
durante a decolagem. Registro um
pico de 92,7 decibéis. Ao sair do
chão, o ruído cai para cerca de 76
Segunda geração
do E-Jet recebeu
controle full fly-
by-wire e nova asas

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