Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

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decibéis. A aeronave sobe a uma
razão bastante acentuada, demons-
trando todo o potencial do avião.
Após cruzar a camada de nuvens, o
E2 toma a proa de Ilhabela, conti-
nuando sua ascensão até 27 mil pés.
Os pilotos optam por não
seguir para o teto operacional do
E195-E2, de 41 mil pés, nem acele-
rar até a velocidade de cruzeiro de
Mach 0.8 para termos mais tempo
de sentir a aeronave em voo. So-
brevoamos a região da Ilhabela e,
em alguns momentos, realizamos
manobras em curvas acentuadas,
mantendo velocidade de Mach
0.59 com consumo de 1.450 quilos
de combustível por hora.

MANOBRAS
O sistema fly-by-wire mostra-
-se fundamental para garantir a
manobrabilidade da aeronave,
justamente pelo design das asas e
a sua performance. O 195 E2 tem
alcance de 2.600 milhas náuticas
com a capacidade máxima de
passageiros, o que representa 600
milhas náuticas a mais do que
seu antecessor.
Após uma hora de voo,
iniciamos a descida para retorno
ao aeroporto de Congonhas. A
temperatura já baixou para 19
graus Celsius e o vento permane-
ce inalterado. A aproximação é
muito tranquila, mas, por certo,

podemos esperar um pouso
curto. A manobra não decepcio-
na. Do ponto de toque até a ae-
ronave livrar a pista pela taxiway
central, perfazemos pouco mais
de 700 metros, o que é realmente
muito pouco para uma aeronave
desse porte. Detalhe: sem uso do
reverso da turbina.
Enfim, retornamos ao ponto
de partida com a sensação de ter
voado uma aeronave moderna,
confortável e brasileira, princi-
pal responsável pelo interesse da
Boeing em adquirir a unidade
de aviação comercial da Em-
braer, negócio que deve estar
consolidado em 2020.

Protótipo ganhou
uma complexa e
moderna pintura
de um leão com
contornos de
circuitos eletrônicos

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