Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

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MAGAZINE 306 | (^69)
criado para atender a um seg-
mento multifunção para a aviação
regional e, sobretudo, operar em
pistas pequenas, não raro, sem
pavimento asfáltico. No início
dos anos 1980, grande parte do
aporte financeiro da fase de de-
senvolvimento do projeto foi cus-
teado pela empresa de logística
FedEx, que viu enorme potencial
na aeronave para transportar suas
cargas e correspondências, com
baixo custo operacional, a ponto
de encomendar várias unidades
do Caravan antes mesmo da
homologação do avião, o que só
viria a ocorrer em 1984.
Ainda hoje em produção nas
mais variadas versões, o Caravan
atende às mais diversas áreas de
atuação, da aviação de negócios,
passando por transporte de pas-
sageiros por companhias aéreas
regionais, até voos cargueiros e
missões militares. O modelo de
entrada, C208A, é menor – com
11,46 metros de comprimento



  • e não
    possui o
    bagageiro
    dorsal, o
    que limita a sua capacidade de
    carga útil em 1.400 quilos. Já o
    Gran Caravan EX (C208B) é um
    pouco maior, com 12,67 metros
    e quase 1.700 quilos de carga
    útil. Ambos são equipados com
    o motor Pratt & Whitney Cana-
    da PT6A-114 – tripá com 675 ca-
    valos de potência para o Caravan
    menor e tetrapá com 867 cavalos
    de potência para Gran Caravan
    EX. Possuem asa alta e trem de
    pouso fixo, o que se por um lado
    aumenta significativamente o
    arrasto (a velocidade máxima
    não chega a 200 nós), por outro,
    representa a robustez necessária
    para aterragens em pisos
    não preparados.
    O toque de modernidade
    fica por conta do painel Garmin
    G1000 NXi, equipamento com
    uma interface gráfica apri-


morada, hardware com maior
capacidade de processamento
de informações aeronáuticas,
radar meteorológico e cartas de
navegação apresentados em telas
de alta resolução, uma funcio-
nalidade adicional para maior
conhecimento situacional.

PONTE AÉREA DA BARRA
O tempo bom favorece a estabi-
lidade da aeronave. Temos um
pouco de turbulência térmica
durante a subida, muito por causa
do horário, meio-dia. Percorre-
mos a orla durante a maior parte
do tempo. Somente na altura de
Santos, já no litoral sul paulista, a
aeronave perfaz uma curva à direi-
ta com proa direta para a pista
17 de Congonhas, em uma longa
final. Segundo Rui Thomaz Aqui-
no, presidente da empresa aérea

O Caravan possui
ampla cabine, mas
não é pressurizado
nem possui
banheiro a bordo
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