Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

(Antfer) #1

MAGAZINE 306 | (^73)


C


om quase uma década
de atuação na expansão
de mercados internacio-
nais da Gol, o admi-
nistrador de empresas
Giancarlo Alcalai assume a direção
comercial da empresa aérea bolivia-
na Amaszonas, integrante do Grupo
Amaszonas, no Brasil e na Argentina.
Ele chega em um momento em que
a empresa inaugura rotas entre Santa
Cruz de La Sierra (VVI) para o Rio de
Janeiro (GIG) e Foz do Iguaçu (IGU),
ambas com três frequências semanais.
O executivo conversou com a reporta-
gem de AERO e acredita no potencial
do mercado brasileiro, ainda que
descarte em um primeiro momento
operações em rotas domésticas.


CO N E X ÃO


INTRA-REGIONAL


Boliviana Amaszonas inicia voos para Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu


e vê potencial de mercados secundários no Brasil e na América do Sul


POR | GIULIANO AGMONT


Porqueinvestiragorano
mercadobrasileiro?
OBrasilé ummercadopeculiar,
comdensidade.Comoele,sóEsta-
dosUnidos,Chinae Índia.Játem
umamatrizdevoosinternacionais
importante,assimcomodevoosdo-
mésticosparagrandescidades.Mas
háumanovaseara,queé a derotas
regionais.Nósacreditamosemum
mercadointer-regionalinternacio-
nal,mercadossecundáriosdaAméri-
cadoSul.É umaoperaçãocomplexa,
porqueé precisolevaro passageiro
paraaeroportosprimários,masfize-
mosnossaliçãodecasa.

QuaisasperspectivasparaoBrasil?
Veremos uma nova onda de mudan-
ças no transporte aéreo. A país deve
mudar radicalmente nos próximos
cinco anos. Esse modelo de três ou
quatro empresas não vai se perpetuar.
Teremos mais, não necessariamente
atuando em mercados primários. O
mercado vai ser invadido por empresas
de baixo custo, tanto regionais como
internacionais. A economia brasileira
vai crescer, menos do que a de países

como Bolívia e Paraguai, mas o sufi-
ciente para atrair novos operadores,
considerando que a aviação cresce três
a quatro vezes o PIB. Se o PIB chegar
a 1,5 no ano que vem, o resultado
será positivo. E vemos muita deman-
danosmercadossecundários.

Qualé o portedogrupoAmaszonashoje?
Atuamos em sete países, Bolívia, Chile,
Peru, Argentina, Paraguai, Uruguai e
agora Brasil. Temos uma frota de jatos
Bombardier da família CRJ, que serão
trocados por oito aviões Embraer da
família E-Jet em um ano. Isso vai mais
que triplicar nossa métrica de assentos
disponíveis por quilômetros (ask).
Teremos voos com densidade maior, o
que significa uma evolução de vendas.
É uma projeção de compra que não
está relacionado ao PIB. Faz sentido.
Nossospilotossãotodosbolivianos.

AAmaszonasé umlowcost?
Operamos voos de no máximo duas
horas, com uma matriz de serviço
mais simples e tarifas atrativas, mas
não nos consideramos uma empresa
de baixo custo.
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