Aero Magazine - Edição 306 (2019-11)

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MAGAZINE 306 | (^79)
no dia 9 de março, finalmente o
primeiro protótipo do Demoiselle
nº 20 conseguiu ganhar os ares
para um voo sustentado de 500
metros de extensão. Dois meses
depois, voava também o segundo
protótipo.
A nova máquina do brasilei-
ro mereceu destaque em revistas
especializadas. Com os apare-
lhos voando, Santos Dumont
aprimorou a sua dirigibilidade,
aperfeiçoou o desenho e experi-
mentou diferentes configurações
aerodinâmicas. Ao mesmo tem-
po, encomendou ao fabricante de
automóveis Alexandre Darracq
a usinagem de um motor de dois
cilindros de 1,6 litro, mais po-
tente e refrigerado a água. Uma
nova hélice de madeira maciça
e dois metros de envergadura
foi feita especialmente para o
modelo por Lucien Chauviere e
nomeada Integrale.
Nascia a versão “clássica” do
Demoiselle, com radiadores curvos
posicionados na parte inferior das
asas e sem a roda traseira do trem
de pouso (substituída por um
pequeno patim). Provavelmente,
ela não estava suficientemente
testada no final de agosto, quando
aconteceu a Grande Semana de
Aviação de Champagne, na cidade
de Reims – reunindo 38 aeropla-
nos e pilotos de diversos lugares
do mundo. Alberto estava inscrito,
mas preferiu não arriscar sua
máquina nas competições.
A estreia do novo Demoiselle
aconteceu no início de setembro
e os voos se estenderam por três
semanas. Já era tarde da noite
naquele dia 17, quando o mistério
do desaparecimento do aviador
foi solucionado. Alguns minutos
depois de decolar de Saint Cyr,
Santos Dumont sobrevoava a
região do Chateau de Wideville,
A versão definitiva do Demoiselle 20 foi equipada
com um novo motor refrigerado a água e radiadores
sob as asas. Ganhou a preferência de diversos
pilotos, entre eles Roland Garros

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