Mediunidade Perguntas e Respost - Odilon Fernandes

(Fernando Jose) #1

comprometer-lhe o funcionamento, criando indesejáveis precedentes.
O dirigente de um grupo mediúnico necessita, pois, estar sempre atento, tanto
à indisciplina dos médiuns quanto à indisciplina dos espíritos que não se
submeterem às suas normas.


Como o médium deve reagir anie os impedimentos familiares,


quando surjam?


R — Procurando contorná-los, sem prejuízo para a tarefa doutrinária e,
principalmente, para com os seus deveres domésticos.
Não se deve tomar ao pé da letra o que disse Jesus a respeito de abandonar
pai, mãe e filhos, para segui-lo... Não é possível que o Senhor pregasse, sob
qualquer pretexto, a dissolução da família, Ele que, em várias oportunidades,
enfatizou o “honrai pai e mãe".
O diálogo, sem dúvida, é sempre a melhor forma de equacionar-se este ou
aquele problema de ordem familiar, mormente aquele ligado aos compromissos que
um de seus integrantes tenha assumido no campo da mediunidade.
A imposição religiosa de qualquer natureza é sempre uma violência. Quando se
trata de cônjuges que se compromissaram com crenças religiosas diferentes,
tomase indispensável que ambos se respeitem mutuamente, um procurando apoiar
no outro nas atividades às quais se vincule, seja na igreja, no templo evangélico ou
na casa espírita.
Entre as religiões cristãs existem mais pontos de contato do que propriamente
de separação. Quase sempre, a polêmica religiosa dentro de casa evidencia uma
falta de entendimento que, em essência, é falta de amor.
Pbr outro lado, somos de opinião que aquele que cumpre com os seus deveres de
filho, esposo, pai e mãe, deve fazer valer os seus direitos, não se escravizando
espiritualmente em suas convicções e demonstrando fragilidade na fé.
Sem concessões mútuas, com base no respeito à crença de cada um, tomam-se
impossíveis a convivência conjugal e o relacionamento com os familiares que
estimam impor os seus pontos de vista.
Nada houve que impedisse Jesus de seguir o seu caminho e de continuar
amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.


É lícito que o médium não trabalhe, para se ocupar tão-somente de


mediunidade?


R — Não; mediunidade não deve ser uma ocupação que absorva o médium ao
ponto de impedi-lo de trabalhar pelo pão de cada dia.
É lógico que, quanto mais tempo o médium consa- .gra à mediunidade, mais apto
ele esteja para exercê-la, todavia não podemos igualmente desconsiderar as
exigências de ordem moral para que a mediunidade seja exercida como a um
apostolado. Não convém ao médium que ele venha a ser pesado à bolsa de quem
quer que seja!

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