Mediunidade Perguntas e Respost - Odilon Fernandes

(Fernando Jose) #1

aos excessos de toda e qualquer natureza.
Sem o indispensável recolhimento mental e a preservação de suas energias
emotivas, o médium não logrará produzir na mediunidade o que é natural que dele
se espere, tanto os homens ávidos de consolo e esclarecimentos quanto os
espíritos ansiosos por quem lhes estenda cooperação e boa vontade.


Convém ao médium uma vida celibatária?


R—Esta é uma questão de foro íntimo e está afeta ao compromisso espiritual


de cada medianeiro.
Em qualquer situação afetiva em que se apresente, o médium deve sempre nos
merecer o maior respeito, não nos importando com os conflitos de sua vida íntima.
Cada espírito, na Terra, renasce dentro de certas situações cármicas que nos
escapam à análise.
O médium, embora pareça, não é uma criatura diferente das demais que lutam
com as tendências que trazem do passado. Está exposto à tentação, à fragilidade
espiritual que lhe diz respeito, aos desvios sexuais da alma comprometida...
Se o médium se sente inclinado para o compromisso matrimonial, não deve
hesitar em fazê-lo; sem dúvida, a família para ele se constituirá em seguro abrigo
contra as arremetidas do mal... Todavia, caso o médium, conhecedor dos anseios de
seu mundo íntimo, faça opção pelo celibato, nas inclinações que só a ele dizem
respeito, precisamos cercá-lo de bondade e, antes de qualquer julgamento
precipitado, ouçamos as palavras do Cristo a nos ecoarem nos recessos da
consciência: “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”.
Para a mediunidade em si, é indiferente que o médium se case ou não, mesmo
porque a família dos que não se casam costuma ser muito mais numerosa do que a
daqueles que não elegem o celibato.
Simão Pedro era casado e João, o Evangelista, solteiro... Ambos serviram a
Jesus com o mesmo acendrado amor que os demais discípulos da primeira hora do
Evangelho no mundo, inclusive Maria de Magdala e Paulo de Tarso, dois vultos
extraordinários do Cristianismo que emergiram de situações afetivas
comprometedoras.
Que a vida íntima do médium não nos interesse tanto quanto nos deve
interessar a sua vida pública no trato com a mediunidade!...


0 que entender por parceria mediúnica?


R — Que o médium tem o dever de cooperar com o espírito em seu trabalho,


somando esforços para que a tarefa do intercâmbio aconteça sem tantos
embaraços.
Todavia o médium só consegue entregar-se à parceria mediúnica quando não
se deixa atormentar por tantas dúvidas em relação ao fenômeno que se produz
por seu intermédio.
A insegurança do médium, o excesso de receio no que se refere a animismo

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