Mediunidade Perguntas e Respost - Odilon Fernandes

(Fernando Jose) #1

desajustes entre os integrantes de qualquer equipe de atividade espiritual são
naturais e sempre haverá a necessidade de redobrada vigilância para que um mero
conflito de opiniões não descambe para um rompimento indesejável.
Espaço para o trabalho do médium, segundo cremos, jamais será problema em
uma casa espírita onde não predomine nem o personalismo do dirigente, nem o dos
medianeiros mais antigos que, muitas vezes enciumados, costumam fazer oposição
ao companheiro novato.
Na realidade, em parte alguma existe espaço para a petulância, para a vaidade,
para a autopromoção; no entanto, nunca, em parte alguma, há de faltar espaço para


o suor da boa vontade e o sincero desejo de servir!


Como agir com o médium considerado de moral duvidosa? Deve ser


aiaslado de suas atividades mediúnicas?


R — Com todos os companheiros que evidenciem problemas de ordem pessoal,


devemos agir com tolerância e fraternidade, procurando auxiliá-los a fim de que se
libertem dos embaraços que os impedem de ser melhores do que sáo.
Longe de nós qualquer atitude moralista e intransigente, qual se estivéssemos
imunes às dificuldades que os perturbam nos conflitos da consciência.
Quando oportuno, dialoguemos com o médium que sabemos em determinada
crise de ordem moral ou psicológica, dando-lhe oportunidade de falar, expondo-se
em seus sentimentos e anseios, convictos de que poderia ser qualquer um de nós
em seu lugar...
Não nos esqueçamos de que afastar o médium necessitado do trabalho seria o
mesmo que distanciar o enfermo do remédio que poderá valer-lhe na retomada do
equilíbrio físico e espiritual.
Jesus conviveu com as fragilidades humanas na obra do Evangelho e a ninguém
censurou em suas lutas de foro intimo, aceitando, incondicionalmente, quantos se
decidiam a acompanhá-lo.
E claro que o comportamento inconveniente dentro da casa espírita e no
relacionamento com os demais companheiros de ideal deve e precisa ser
combatido, evitando- - se comprometer a tarefa que não diz respeito
exclusivamente a este ou àquele.
Observemos que, não raro, os confrades espíritas, no trato com os assuntos do
sentimento alheio, costumam ser mais intransigentes que os espíritos, cuja visão
mais ampla da Vida naturalmente os inclina à indulgência e à compreensão para com
os medianeiros que renasceram assinalados por inibições diversas.
Se quem se encontra mais doente é quem requisita mais tratamento e remédio,
quanto mais vulnerável espiritualmente se revele o médium, de mais trabalho
necessitará ele a fim de que se fortaleça diante das tentações.

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