Mediunidade Perguntas e Respost - Odilon Fernandes

(Fernando Jose) #1

Não olvidemos que, em verdade, o centro espírita necessita ser considerado em
sua feição de escola da alma e, neste sentido, dentro dele, todos devem se
posicionar na condição de meros aprendizes.
Não há médium algum que possa se furtar à indispensável permuta de
experiências com os companheiros, afirmando que os espíritos lhe ensinam, em
particular, tudo quanto precisa saber... Se o médium realmente pode dispensar os
companheiros encarnados em seu aprendizado, os companheiros encarnados dele
não podem prescindir, e o médium que se furta à participação nos estudos da casa,
revela o seu desinteresse pelo progresso do grupo.
O templo espírita que não oferece aos seus frequentadores a oportunidade do
estudo não é sério, porque não encara o Espiritismo com seriedade e porque não se
empenha na formação de colaboradores conscientes e responsáveis.


Como proceder o médium para que a faculdade mediúnica da


clarividência ou a da clariaudiência se lhe desenvolva?


R—As faculdades mediúnicas da clarividência e da clariaudiência, estão entre

as mais espontâneas das faculdades passíveis de desenvolvimento.


O medianeiro não deve se decidir a desenvolver esta ou àquela faculdade; deve,
antes, se interessar no cultivo da possibilidade mediúnica que, naturalmente, se
lhe manifeste.
Quem, por exemplo, não tiver a faculdade da vidência, em vão desejará atuar
na condição de médium clarividente. O mesmo raciocínio é válido para a
clariaudiência, a psicografia e as demais faculdades medianímicas, exce-
tuando-se, evidentemente, a condição de médium passista, posto que a
possibilidade de doar de si em favor de alguém é inerente a todas as criaturas.
O candidato à vidência e à clariaudiência que força em si o desabrochar dessas
faculdades corre o risco de sobreexcitar a própria imaginação, e, ainda, não lhe
faltarão os espíritos levianos que poderão induzi-lo a lamentáveis processos de
fascinação.
Nenhum médium vidente tem o poder de ver os espíritos quando assim o deseje
e nem de ouvi-los o clariau- diente quando assim o delibere... É fato que a atenção
do medianeiro voltada para este ou para aquele fenômeno que esteja
protagonizando pode dar-lhe contornos de melhor clareza e traços de maior
autenticidade; todavia, se a vontade de ver e ouvir os espíritos é importante no
médium portador destas faculdades, de forma alguma é condição determinante em
nenhuma delas.
Aliás, o ver e o ouvir os espíritos sem discernimento, têm sido, no campo da
obsessão, uma das causas mais ffequentes.
É preferível que, ao invés de dedicar-se à visão e à audição dos espíritos, o
medianeiro aguce os seus sentidos para que, além de perceber a presença de Deus
em toda parte, consiga registrar-lhe a palavra através da insofismável voz da
consciência.

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