Mediunidade Perguntas e Respost - Odilon Fernandes

(Fernando Jose) #1

prosseguindo em suas experiências evolutivas em contato com outros habitantes
do Invisível, atendendo às necessidades de progresso que lhes dizem respeito...
Muitos permanecem cativos da psicosfera gravitacional do planeta —deixaram o
corpo, mas não conseguiram deixar de vivenciar nas sensações da matéria;
rebe- lam-se com a sua condição de vida no Além-Túmulo e peregrinam no
mundo, à procura de culpados pela sua situação; transformam-se em
obsessores, muitas vezes gratuitos, das almas invigilantes, associando-se-lhes
ao psiquismo na condição de comensais que lhes parasitam a mente e lhes
vampirizam as energias...
Raros são os espíritos que entram em contato com os homens, conscientes do
que estão fazendo... Apenas os mais esclarecidos, os que já têm uma visão mais
dilatada da Vida, em suas múltiplas dimensões, continuam preocupados com os
encarnados e, na medida do possível, voltam para auxiliá-los, valendo-se dos
medianeiros que se dispõem à auxiliá-los em semelhante mister.
Ainda precisamos destacar as entidades que, embora desejando fazê-lo, não o
sabem, ou não encontram recursos para se evidenciarem junto àqueles que
desejam se revelar, com o propósito de dizer-lhes que não desapareceram e que,
de fato, a vida depois da morte é uma realidade que não pode ser ignorada.


Por que muitos comunicados de além-Túmulo deixam a desejar?


R—Às vezes, uma carta deixa a desejar, um telefonema deixa a desejar, uma
conversa deixa a desejar... Os espíritos não são seres miraculosos—são apenas
homens sem o corpo e que, não raro, continuam tão limitados e omissos quanto o
foram no mundo.
Por outro lado, os medianeiros são igualmente instrumentos imperfeitos; por
mais boa vontade revelem no serviço do intercâmbio espiritual, não conseguem
superar as suas deficiências e limitações na condição de médiuns... Juntando-se os
problemas do espírito, as suas dificuldades para expressar-se de uma dimensão a
outra, com os problemas do médium, que são de toda ordem, é natural que muitos
comunicados de Além-Túmulo deixem a desejar, às vezes suscitando mais dúvida
que certeza...
O médium em ação é uma espécie de “radar ultra-sensível” — tudo o que acontece
à sua volta, a menor perturbação psicológica e emocional, consegue afetá-lo para
pior, provocando-lhe descargas eletromagnéticas em todo o corpo e
dificultando-lhe, sobremodo, a sintonia.
E, depois, precisamos ainda considerar que, no ato do fenômeno, ou, por outra,
no justo momento do intercâmbio, o médium, não raro, se sente assediado pelo
fantasma da dúvida, e receia estar protagonizando um embuste, uma mistificação,
ou o que quer que o valha, cortando, ele mesmo, o contato com a Esfera Espiritual
e truncando a manifestação do espírito.
Indispensável pensar que a mediunidade ainda está em seus primórdios na
Terra; apesar de todos os avanços neste sentido, ainda há muito para ser feito,

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