Mediunidade Perguntas e Respost - Odilon Fernandes

(Fernando Jose) #1

acontecer, de preferência, com a participação de médiuns ainda em processo de
desenvolvimento, mas já algo experimentados, amadurecidos para o compromisso
que estejam assumindo.
A chamada reunião de desenvolvimento mediúnico, basicamente se caracteriza
por ser uma reunião de estudos concernentes à mediunidade. Quando bem
conduzida, nela até podem ocorrer certas manifestações, todavia não deve ser
esta a sua preocupação dominante.
O desenvolvimento mediúnico, repetimos, acontece na razão direta do
desenvolvimento do médium como ser humano. Toda reunião consagrada ao estudo
da Doutrina e à atividade assistendal é uma reunião de desenvolvimento em que,
lentamente, o candidato ao serviço mediúnico vai se aprimorando, habilitando-se,
por fim, a participar da desobsessão propriamente dita.
A reunião de desobsessão carece de certo recolhimento no serviço específico
da enfermagem espiritual aos espíritos doentes, ao passo que uma reunião de
desenvolvimento, inclusive não tem a preocupação de limitar o número de seus
participantes, embora a triagem dos verdadeiramente interessados se faça,
tanto numa quanto na outra, necessária.
Que os medianeiros integrantes de um grupo de desobsessão não considerem
as suas faculdades plenamente desenvolvidas, pois, se assim se considerarem,
estarão sentenciando-se à estagnação. Em mediunidade, cada dia é dia de
aprender alguma coisa nova, ampliando os horizontes da percepção sensorial.
E importante, em mediunidade, que não se tenha pressa na obtenção de
resultados. Aliás, os médiuns que não perseveram são aqueles que,
naturalmente, vão sendo afastados, por não se mostrarem ainda prontos para


o compromisso que pretendem abraçar.


O que é o passe?


R—O passe é um ato de doação, imposição das mãos pura e simplesmente, no


desejo de auxiliar a quem dele se socorre...
É, ainda, salutar transfusão de energias psicossomáticas, nas transmutações


do princípio vital. A do passe é a mais anímica das mediunidades, porquanto, quase


sempre, o médium doa mais do que o espírito que o assiste.
Jesus empregou-o e a ele se referiu em diversas circunstâncias, como no
episódio da mulher hemorroíssa que, em tocando-lhe as vestes, ficou curada de
uma enfermidade de doze anos; e na parábola do Bom Samaritano, que, antes de
conduzir o homem caído na estrada à estalagem maispróxima, “pensou-lhe as
feridas”...
A técnica do passe, ou da magnetização dos corpos, é conhecida, no entanto, desde
tempos que antecedem a divina presença do Cristo na Terra. Os egípcios, por
exemplo, utilizavam os recursos terapêuticos do passe, friccionando a parte do
corpo afetada, crendo que o calor que se lhes desprendia das mãos tinha poder
regenerador.

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