Esforço-meporacompanhar o arqueólogo israeli-
ta,coma suacompleiçãoesguia, enquanto ele se
esgueirapelotúnelserpenteante e estreito. Orien-
tadosapenaspelalanternados nossos telemóveis,
baixo-meparaevitarqueo capacete amarelo ras-
penarochaacimadaminha cabeça. De repente,
elepára.“Voumostrar-lhealgo muito curioso.”
Apassagemapertadasitua-se sob um pontão
deterrarochosoqueseprojecta a sul da Cidade
VelhadeJerusalém.Estacrista estreita, lugar de
implantaçãodaJerusalémprimitiva e hoje atra-
vancadocomcasas,ocupadas sobretudo por mo-
radorespalestinianos,oculta um labirinto subter-
râneodegrutasnaturais,sistemas de canalização
cananeus,túneisjudaicose pedreiras romanas.
SigoJoeatéumespaçorecentemente escavado,
coma dimensãodeumaconfortável sala de estar
suburbana.Alanternadelefoca-se num cilindro
pálidoatarracado.“Éumacoluna bizantina”, ex-
plica, acocorando-separa remover um saco de
areiavolumoso,embaixodo qual se vê uma su-
perfíciebrancamacia.“Eveja este pedaço do chão
emmármore.”
ÀDIREITA
Paraescavarumaruaque
funcionoucomovia
principalatéaoTemplo
Judaicohácercadedois
milanos,arqueólogose
engenheirosisraelitas
estãoa construirum
túnelporbaixodeum
bairropalestiniano.
Osmoradores
queixam-sedeque
a escavaçãodanificou
ascasasà superfície.
PÁGINAS ANTERIORES
Por baixo da Igreja do
Santo Sepulcro, no Bairro
Cristão de Jerusalém, o
padre Samuel Aghoyan
contempla uma pedreira
contemporânea de Jesus
utilizada como cemitério
judaico. Um afloramento
rochoso nas proximidades
é venerado como sendo o
Calvário, o monte onde
Cristo foi crucificado.
“BAIXEM-
-SE!” É O
REFRÃO
CONSTANTE
DE JOE
UZIEL.