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dos 24 elefantes e não houve captura de marfim.
Os janjaweed foram repelidos, tendo, pelo menos
temporariamente, redireccionado os seus esfor-
ços para outros alvos, mais fáceis. Após décadas
de caos e terror, os elefantes de Zakouma volta-
ram a reproduzir-se. A sua população inclui agora
cerca de 150 crias, um sinal de saúde e esperança.
AS AMEAÇAS DE INCURSÃO violenta continuam a
ser graves em Zakouma, mas são ainda piores no
Parque Nacional da Garamba, no canto nordeste da
República Democrática do Congo (RDC). Garamba
está sob ataque por todos os lados.
A AP gere Garamba desde 2005, ao abrigo de
um contrato de parceria com o Instituto Congolês
para a Conservação da Natureza (ICCN), da RDC.
A paisagem da Garamba é um mosaico de savana,
Penduradas num ponto alto da parede, acima
dos mapas, encontram-se algumas placas que
assinalam as perdas, em número pouco signifi-
cativo mas profundamente sentidas, desde que a
AP assumiu a gestão. Incidente. 24 de Outubro de
- PN Zakouma. 7 elefantes, relata uma. Outra:
19 de Dezembro de 2010. PN Zakouma. 4 elefantes.
As placas soam como sinos a dobrar. Noutra fila,
encontra-se uma mensagem diferente, mas igual-
mente sucinta: Incidente. 3 de Setembro de 2012.
Heban. 6 Guardas. A emboscada assassina, mon-
tada por caçadores furtivos a meia dúzia de vigi-
lantes da natureza, numa colina chamada Heban,
é uma memória sombria e um incentivo duradou-
ro para a vigilância na cultura de Zakouma.
Apesar dessas perdas, a AP estancou a hemor-
ragia dos elefantes. Desde 2010, só foram abati-
Parque Nacional
de Pendjari
BENIN
Os últimos leões da África
Ocidental pertencem a
uma subpopulação em
perigo crítico e este jovem
macho é um de cerca de
cem que vivem em
Pendjari. Junto da fronteira
setentrional do Benin, o
parque apoia um sistema
de áreas protegidas
partilhadas por três países,
ao qual a UNESCO chamou
Complexo W-Arly-Pendjari.
É uma “ilha” de dimensão
considerável de esperança
para a vida selvagem da
África Ocidental.