Templo de Abu Simbel, na Núbia,
ao sul do atual Egito: a civilização
núbia tinha forte intercâmbio
com os antigos egípcios.
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que – alegadamente – vinha coman-
dando a Etópia há mais de 3 mil anos.
Menelik 1o era tdo como uma fgu-
ra importante para a tadição judaico-
cristã porque supostamente era o fruto
de uma noite de amor ente dois dos
personagens mais notáveis do Velho
Testamento: ele seria o flho do Rei Sa-
lomão (que governava a região atal de
Israel) e da Rainha de Sabá (cujo poder
se estendia pelo sul da Península Ará-
bica e, atavessando o Mar Vermelho,
partes da Eriteia e da própria Etópia).
De acordo com a vertente etíope
do cristanismo, ainda hoje dominante
no país, Menelik 1o teria viajado pa-
ra Israel já adulto, a fm de conhecer
pessoalmente Salomão. Na volta, re-
gressou com uma comitva de líderes
polítcos e religiosos e a Arca da Aliança
- a caixa onde as tábuas originais com
os dez mandamentos de Deus teriam si-
do guardadas. A Igreja Ortodoxa Etíope
garante que a Arca ainda está sob seu
poder: protegida a sete chaves em um
cofre próximo à Igreja de Santa Maria
de Sião, em Axum, uma cidade de 45 mil
habitantes no norte do país, cujo nome
remete a outo dos reinos ancestais
que ajudaram a formar o velho império.
Menelik 1o teria governado por volta
do século 10 antes de Cristo e, desde
então, todos os reis da região seriam
seus descendentes diretos, atavessando
Núbia
Teve relação
direta – por vezes
confituosa – com o
Antigo Egito. O mais
notável dos reinos
núbios foi Kush, que
existiu por mais de
mil anos e chegou a
conquistar o próprio
Egito, formando sua
25ª dinastia, que
reinou até 656 a.C.
Gradativamente,
Kush foi perdendo
força e sofrendo com
rebeliões internas, até
ser defnitivamente
dominado por Axum,
um dos predecessores
do Império Etíope.
A.C. Até 350
área
Parte do atual
egito e
Sudão.
oS reinoS africanoS
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