REDERIK Buyckx
(pronuncia-se ‘boeks’)
começou a trabalhar como
fotógrafo há apenas seis
anos. Desde então ganhou,
entre outros prémios, o Young
Promising Photographer Award (duas
vezes), o ANI PixPalace Award de 2014
em Perpinhão, e um World Press Photo
Award. Mais recentemente, foi nomeado
Landscape Photographer of the Year nos
Sony World Photography Awards pela
sua série ‘Whiteout’ – seis emotivas
e impressionantes imagens de paisagens
cobertas de neve nos Balcãs, Escandinávia
e Ásia Central. Com uns relativamente
jovens 32 anos, o belga parece estar no
início de uma carreira notável. Apesar
de viver em Gante, Frederik tem algo
de nómada. A sua fot ografia, e a sua vid a,
é uma coleção de aventuras de viagem,
já que observa e fotografa as diferentes
pessoas e estilos de vida que encontra
pelo caminho (como o seu compatriota
Kevin Faingnaert). Um emaranhado
de cabelo castanho acinzentado encima
uma cara de sorriso fácil, e a sua maneira
de ser sugere uma atitude relaxada com
o mundo – o que vier a seguir está bem
para ele, desde que seja interessante.
O início
Frederik começou a viajar aos 17 anos,
e fez um curso noturno de fotografia com
um primo por volta dessa altura, se bem
que fotografia ‘a sério’ só apareceu pouco
depois. Estudou design de publicidade,
e depois de um mestrado de quatro anos,
foi-lhe oferecido o seu emprego de sonho:
um estágio numa agência publicitária
de renome em Nova Iorque.
“Foi uma grande experiência”, diz.
“Estava a desenhar e a imaginar conceitos
e ideias, mas estava atrás de uma
secretária. Não sabia, espe cificamente,
para onde queria ir, mas sabia que queria
viajar.” No fina l do est ágio, com prou
a sua primeira câmara DSLR, marcou
um voo para a América Central e deixou
o mundo da publicidade para trás. “Não
me quis tornar um fotógrafo, mas
encontrei algo que me permitia combinar
viagens com um estilo de vida. Descobri
que gos tava mui to dis so. A fot ografia
deu-me uma razão para viajar, e deu mais
sentido às minhas viagens.” As suas
imagens premiadas ‘Whiteout’ foram
tiradas de dois projetos em curso – Wolf,
iniciado em 2014, e Horse Head, que
F
“Não me quis tornar um
fotógrafo, mas encontrei
algo que combinava viagens
com um estilo de vida”
62 O MUNDO DA FOTOGRAFIA^ JANEIRO 2018