PARK CITY
30 VIAJAR pelo Mundo
já que hotéis americanos não costumam
cobrar à parte pelo café da manhã), sala,
lareira, TV por assinatura, DVD player,
lavanderia, piscina aquecida, garagem e
o que é melhor: serviço de limpeza e ar-
rumação diários, inclusos no preço.
VAI JÁ PRA ESCOLA!
Na base das pistas se proliferam es-
colas de esqui − não é exatamente ba-
rato: uma aula para adulto sai por US$
- Mas há pacotes e promoções que
baixam muito os preços. E, com duas
aulas, já se aprende o suficiente para ga-
rantir a diversão pelo resto da semana.
Já os equipamentos não faltam nas
lojas especializadas. Uma delas, a Ski
Butlers, vai até o seu quarto de hotel com
tudo de que você precisa, inclusive com
diversos tamanhos de botas, capacetes e
esquis para você escolher.
Uma dica: se é fácil alugar os equipa-
mentos, o mesmo não vale para as roupas
impermeáveis, obrigatórias para ati-
vidades de inverno, como o esqui e
o snowboard. Melhor mesmo é com-
prá-las. O problema é que, nas lo-
jas do sopé da montanha, os preços
são puxados. A dica para economizar
é ir até o Walmart e comprar jaque-
tas, calças e os óculos próprios para
se esbaldar na neve por menos da meta-
de do preço.
Em tempo: não pense que as ativi-
dades se restringem a esqui e snowbo-
ard. Dá para se aventurar em passeios
de snowmobile (aquela moto de neve,
semelhante a um jet ski), snowbiking
(uma bicicleta adaptada para o gelo),
jornadas de trenó puxados por cães, rin-
que de patinação...
ESPÍRITO ESPORTIVO
A maioria das competições da Olim-
píada de Inverno de Salt Lake City, em
2002, foram disputadas em Park City.
Dezessete anos depois, a estação con-
tinua repleta de cartazes, obras de arte
e monumentos que remetem ao even-
to. Um dos hotéis mais sofisticados da
região, o Stein Eriksen Lodge, teve seu
nome e decoração inspirados numa len-
da do esqui, o norueguês Stein Eriksen.
Aliás, o Utah Olympic Park está lá e,
além de abrigar grandes competições,
oferece visita guiada e um museu sim-
plesmente fantástico. Mesmo que você
não entenda nada de esqui, snowboard,
curling e companhia, uma passada pe-
lo complexo olímpico é recompensado-
ra. A vista panorâmica no alto da rampa
de saltos é indescritível. E os simulado-
res ultratecnológicos do museu diver-
tem crianças e adultos.
Ah, sabe o bobsled, aquele trenó em
forma de bala que desce por uma pis-
ta a velocidades de até 110 km/h? Vo-
cê pode ter essa experiência também.
Com um instrutor junto, é claro. E,
além dele, uma novidade para 2019
é a tirolesa com sete paradas. A qua-
se 50 metros de altura, quem for sufi-
cientemente corajoso pode cruzar uma
área com cenários espetaculares, a na-
da menos que 60 km/h.
ARTE POR TODA PARTE
Park City vai além dos esportes na
neve. Uma avalanche de cultura e arte
toma a porção central do município tan-
to no inverno quanto no verão.
Um dos momentos mais prazerosos
para mim foi o passeio pela Historical
Main Street. Essa rua de um quilômetro
de extensão remonta aos tempos do Ve-
lho Oeste. Nela ficavam, no século 19,
os “saloons”, bordéis e hospedarias da
antiga cidade mineira. Hoje, é coalha-
da de galerias de arte (19 ao todo), cafés
charmosos, lojas chiques, restaurantes e
centros culturais.
O Park City Museum, por exemplo, é
um must go. É um caprichado museu re-
pleto de vídeos, displays interativos e obje-
tos relativos à história desse recanto que já
foi um importante centro de mineração de
prata, aonde milhares de migrantes recor-
reram em busca de fortunas por volta de
- Dá para desvendar desde aqueles
tempos áureos até a decadência no século
20, que fez de Park City uma “cidade-fan-
tasma”, culminando com o renascimento
a partir dos anos 1960, quando se decidiu
investir no esqui e na hotelaria.
Qual não foi meu espanto ao me depa-
rar com um antigo veículo subterrâneo Fotos: Paulo Mancha D’Amaro e divulgação
MOTOS DE NEVE E
TRENÓS PUXADOS
POR CACHORROS
SÃO ALTERNATIVAS
AO ESQUI