Motociclismo - Edição 254 (2019-02)

(Antfer) #1

52 motociclismo FEVEREIRO 2019


TESTE Yamaha XTZ 250 Lander


(^1) Destaque absoluto no conforto da nova
Lander: o assento em dois níveis é o mais
confortável das trail do mercado
2 A ergonomia é natural, mas os grandinhos
podem sentir a necessidade de um guidão mais
alto, tanto no asfalto, quanto em pé no off-road
O raio-X na nova Lander
A experiência de pilotagem na renovada trail 250
da Yamaha é bem prazerosa. A moto é amigá-
vel, acessível, que responde bem. É só subir ne-
la e curtir o passeio como se a moto fosse sua há
anos! Como afi rmamos na apresentação do mo-
delo, ela fi cou muito mais calibrada para o uso no
asfalto e perdeu parte do potencial no fora de es-
trada. Claro, se você entrar com ela na terra e ti-
ver o domínio nas técnicas de pilotagem off-road
irá curtir muito e questionar o que eu afi rmo. Ób-
vio. A nossa referência aqui são os motociclistas
“comuns” onde muitas vezes a Lander é a primei-
ra moto, e para esses fi cou menos confortável,
acessível e natural pilotar na terra.
O principal é porque as suspensões muda-
ram: mais fi rmes e com menor curso: 220 mm na
dianteira e 204 mm na traseira. Vale usar o ajuste
da pré-carga da mola na suspensão traseira pa-
ra deixar a moto melhor para seu uso. Com mais
peso, com garupa — respeite a capacidade de
carga de 157 kg — ou buscando um desempe-
nho melhor no asfalto vale endurecer a pré-carga,
deixando na posição 5. E quando pilotar na ter-
ra, sem garupa, colocar a pré-carga mínima, dei-
xando a suspensão mais mole, boa para absorver
as irregularidades maiores do off-road. Lembran-
do que a maioria esmagadora dos motociclistas
pouco (ou nunca) se aventura fora do asfalto, en-
tão o “DNA alterado” da Lander pode ser consi-
derado um acerto. A resposta virá nas vendas.
Voltando aos freios, o ABS não pode ser de-
sativado. Bom na terra, pois garante segurança e
permite controlar como preferir a traseira — e se
divertir mais. Já no asfalto, a sensação é de que
o poder de frenagem poderia ser maior. Explico. É
necessário fazer uma força extra no manete pa-
ra frear forte. As frenagens são seguras, com es-
tabilidade e a aderência dos pneus Metzeler Tou-
rance é alta, ajudando na segurança. Uma mu-
dança foi o tato do freio dianteiro, mais duro e o
que não necessariamente signifi ca um freio mais
ou menos potente... Mas que responde diferen-
te. Acostumando-se e deletando a referência da
“velha” Lander, temos um sistema bem calibrado,
que durante todo o teste se mostrou bom, pas-
sando confi ança, mesmo com garupa.
Nos curtos espaços entre os carros, ela fl ui
com naturalidade, graças ao baixo peso seco de
143 kg, a boa ciclística e a largura de 815 mm. As
respostas do motor em baixa e média garantem
força sufi ciente para retomadas espertas no uso
urbano. No dinamômetro, 18 cv de potência má-
xima na roda de testes anteriores com esse motor.
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(^3) Desde 2011, a Ténéré
250 tinha a tampa do
tanque fi xa. Finalmente
essa praticidade chegou na
Lander, que ganhou tanque
maior, com 13,6 litros
(^4) O painel todo digital tem
nova disposição dos dados.
Bem visível, falta apenas
o indicador de marcha para
ser considerado completo
POSITIVO
t Prazer na
pilotagem
tLuzes em LED
t Agilidade
t Conforto
PODERIA
SER MELHOR
t Merecia aros
pretos
t Ergonomia
no off-road
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