Motociclismo - Edição 254 (2019-02)

(Antfer) #1

60 motociclismo FEVEREIRO 2019


a provou, uma trail sem frescura. Mais uma vez, a
Royal Enfi eld se posicionou em um nicho, um es-
paço no mercado onde não tem concorrentes di-
retas. Esse é um dos segredos do crescimento
da marca no mundo, sobretudo na Índia. Nós co-
locamos obviamente a Honda XRE 300 e a Ya-
maha Lander ABS como concorrentes por serem
o mais próximo da Himalayan disponível no Brasil.
Talvez a agora extinta Yamaha Ténéré 250 seja a
moto mais próxima, mas tem comportamento di-
ferente. Leve, ágil, com menos torque em baixa e
com mais velocidade fi nal.
Durante o teste, seu visual atraiu olhares
curiosos por onde passou. Durante o percur-
so, foram muitas perguntas sobre a origem des-
sa moto, o motor e seu comportamento em ge-
ral. Nos primeiros quilômetros com a Hima-

layan, uma adaptação a seu estilo e suas res-
postas. Seu motor de um cilindro, com 411 cm³,
gira menos que as conhecidas XRE e Lander.
A 120 km/h em quinta marcha, está com cer-
ca de 6.000 rpm, sem a sensação de estar for-
çando o motor, com a velocidade de cruzeiro em
torno de 110 km/h. O motor lembra os de mo-
tos custom, com som grave, encorpado, giran-
do em baixas rotações e bem cheio, responden-
do rápido, desde a saída até cerca de 5.000 rpm.
Acima disso, o peso cheio de 191 kg, cerca de
40 kg acima das trail XRE 300 e Lander, interfe-
re no seu desempenho, “roubando” uns cavalos.
No seu painel, cheio de mostradores analógicos
e informações em display digital — incluíndo até
uma bússola —, a velocidade máxima chega em
torno de 130 km/h, enquanto os modelos Honda
e Yamaha fi cam próximos de 150 km/h.
Isso precisa fi car claro: a Himalayan tem res-
postas e comportamento diferentes das conheci-
das trail. Esse motor tem balanceiro, diferente do
motor 500 da Classic, o que reduz (e muito) as vi-
brações. O câmbio tem engates macios e duran-
te o teste fi camos grande parte do tempo na ter-
ceira marcha, quando não estávamos na rodovia.
A posição de pilotagem é ereta, bem natural. O
guidão é mais alto que das rivais em relação ao
assento, então não é preciso instalar um elevador
de guidão para pilotar em pé, posição natural de
uso no fora de estrada. Seja em pé ou sentado, a
pilotagem é natural, sem sustos. Sobre a ciclísti-

SUPERTESTE Royal Enfield Himalayan


CONFORTÁVEL
Durante a
avaliação,
sem dúvidas
o conforto foi
um destaque.
O motor vibra
muito pouco,
a posição de
pilotagem
é bem
confortável,
neutra e o
para-brisa faz
diferença na
estrada

ESPARTANA
Um termo que
defi ne bem
a Himalayan
é “moto sem
frescura”. A
traseira tem
bagageiro de
série e lanterna
em LED. Nas
laterais, bases
para fi xar
acessórios
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