m sorriso radiante e uma enorme
ência para ataques de riso. É assim
ia Clarke, 32 anos, atualmente uma
strelas mais brilhantes de Hollywood.
s em que participou n’A Guerra dos
Tronos, a atriz britânica foi conquistando a fama mundial
com o seu papel de Daenerys Targaryen, rainha altiva de
longos cabelos cinzentos, Mãe dos Dragões e Protetora do
Reino. Um papel que deixou para trás este verão, quando
chegou ao fim das filmagens da oitava e última temporada,
com estreia marcada para Abril de 2019. A série marcou-a
para sempre: «Estávamos todos a chorar durante as fil-
magens». E nós também choramos. A atriz, hoje famosa
no mundo inteiro, foi escolhida para entrar em Han Solo:
Uma História de Star Wars, um spin-off da saga Star Wars
(previsto chegar a Portugal em maio de 2019) e continua
a multiplicar projetos cinematográficos de prestígio. Sem
contar com o novo papel como rosto do perfume The Only
One da marca Dolce & Gabbana. Quando falamos com Emilia
Clarke, é fácil perceber que ela tem qualquer coisa de espe-
cial. É o exemplo perfeito do que é ser uma estrela em 2019.
Fomos conhecê-la melhor.
CELEBRIDADE 2.0
Se é daquelas pessoas que nunca viu um episódio de Guerra
dos Tronos, o nome Emilia Clarke pode não lhe dizer nada.
Mas se, pelo contrário, faz parte dos (imensos) fãs da série,
para si esta atriz é uma verdadeira musa. É aqui que reside o
paradoxo de Emilia. Na época do triunfo das séries de televi-
são, a sua fama – criada a partir de um só papel! – ultrapassa
mesmo a de algumas atrizes que já fizeram vários filmes...
Por esta razão, criou um laço muito forte com o seu público,
que a foi vendo evoluir ao longo dos anos. «Há um paralelo
entre mim e a Danaerys», explica. «A minha personagem
ganhou importância com o tempo, tornou-se mais forte e
poderosa ao longo das temporadas e eu, simultaneamente, fui
ganhando confiança em mim própria como mulher e atriz. E a
série foi tendo cada vez mais sucesso. Como não ficar marcada
para a vida com um papel destes?». Quando uma série desta
dimensão termina, é difícil para o público e para os atores
não sentirem uma certa tristeza. «Dizer adeus à Guerra dos
Tronos não foi fácil. É uma experiência existencial, como
quando saímos de casa dos pais para iniciarmos a nossa vida.
Ficamos contentes por irmos viver novas aventuras, mas ao
mesmo tempo sentimos o coração partido por tudo aquilo
que deixamos para trás. Tinha 24 anos quando comecei a
interpretar este papel. Foi algo muito importante na minha
vida de jovem adulta».
DE BEM NA SUA PELE
Tal como algumas atrizes da sua geração, Emilia é um exem-
plo de equilíbrio. Não há saídas até de manhã, nem excessos
de qualquer tipo. Crescida e educada no campo, no interior
de Inglaterra (a uma hora de Londres), a atriz foi sempre
muito próxima dos seus pais – um engenheiro de som que
trabalhava num teatro e uma mulher de negócios que dirige
uma fundação para vítimas de acidentes cerebrais. Emilia
Clarke faz parte daquele tipo de pessoas que adoram os pais
(sim, isto existe!). «Quando acabou a Guerra dos Tronos fiz
uma tatuagem no pulso com três dragões, para nunca me
esquecer de quanto devo a esta série. Mas também porque
me faz lembrar o meu irmão, a minha mãe e o meu pai.
Perdi o meu pai há dois anos, por isso esta tatuagem é ainda
mais importante para mim. Foi muito difícil. Quero que a
minha família esteja sempre comigo». Com bases assim tão
sólidas, não foi difícil para a jovem atriz enfrentar o sucesso.
Nem deixar que ele lhe subisse à cabeça. Munida do bom
senso próprio dos millennials, Emilia Clarke podia escrever
um livro de desenvolvimento pessoal de tal forma emana
maturidade. «Tentei não prestar muita atenção ao sucesso.
Sei que o mundo do cinema muda muito rapidamente, é
muito instável. O que as pessoas gostam hoje podem já não
gostar amanhã... Nunca quis pôr-me numa situação em que
poderia ser afetada por um decréscimo de notoriedade. Se as
coisas correrem bem, ótimo. Se correrem mal, não é grave».
A RAINHA DA PROXIMIDADE
Ao contrário da sua personagem de rainha austera e majestosa,
Emilia está sempre a rir. No Instagram ou nos talk-shows,
não esconde que gosta de brincar consigo própria e que é
bem-disposta. «Gosto muito de me divertir», confessa. «Na
verdade, tento sempre tirar o melhor partido de cada situação.
Um dia, um amigo meu que é ator tinha de ir fazer a promoção
de um filme, mas estava estafado e não lhe apetecia nada ir.
Consegui pô-lo tão bem-disposto que ele acabou por encontrar
a força para ir... Acredito mesmo que é preciso sabermos rir das
coisas, quaisquer que sejam as circunstâncias. Torna tudo
V
ACREDITO
MESMO QUE É
PRECISO SABERMOS
RIR DAS COISAS,
QUALQUER QUE
SEJA A SITUAÇÃO