Folha de São Paulo - 14.11.2019

(C. Jardin) #1

aeee


mercado


Quinta-Feira,14DenovembroDe2 019 A27

2

4

6

8

10

12

13 .nov.
2019

13 .nov.
1994

31 .dez.
2008

4 , 191

6 , 110

Cotaçãododólarajustadapelainflação,em R$

Com ajuste pelainflação,dólar teria de iraR$ 10 , 8 parabaterrecorde

Fonte:Economatica

10 , 795
Durante as eleiçõesque
levaramLulaàPresidência

iníciodo
Plano real
4 , 220
Crisefinanceira

5 , 042
Período pré-
impeachment
de Dilma(Pt)

4 , 024
Período
pré-eleitoral

24 .set.
2015

13 .ago.
2018

22 .out.
2002


  • Júlia Moura


SãoPauloOdólar subiupelo
segundo pregão seguidonesta
quarta-feira( 13 )efoi aR$ 4 , 19 ,
altade 0 , 5 %. Éosegundomai-
or valor nominal(semcontar
ainflação)dahistória.
Opiconominal da moeda
americanaéde 13 de setem-
brode 2018 ,antes das eleições
presidenciais, quandoodólar
foiaR$ 4 , 197 ,segundoaCMA.
Deacordocomdados da
Economatica, parabater amá-
xima históricareal,acotação
teria que ultrapassar R$ 10 , 80.
Ovalorequivale ao picode
2002 corrigidopelainflação,
quandoodólarencostounos
R$ 4 entreoprimeiroeose-
gundoturno da eleição pre-
sidencial que levouLuiz Iná-
cio Lula da Silva(PT)aopoder.
Nestasemana,aaltadamo-
edaéfrutodeumaaversão a
riscodeinvestidorescoma
guerracomercial entreChina
eEstados Unidoseprotestos
naAmérica Latina.
Nestaquarta ( 13 ),ojornal
americano TheWall Street
Journalnoticiou que “fase 1 ”
do acordo entreospaísesteria
esbarrado nacompradeinsu-
mos agrícolas americanos pe-
los chineses. Os EUAquerem
fixar uma quantidade anual a
sercomprada, enquantoaChi-
na acreditaque taldemandafa-
voreceria os americanos, sem
queoschinesesfossem bene-
ficiados na mesmamedida.
Aexpectativadomercado
eraque aprimeirafasedoacor-
dofosse assinadaatéofim do
ano.Emdiscurso naterça-fei-
ra ( 12 ), DonaldTrumpdisse
que,naausência de um trata-
do,novas tarifasserão aplica-
dasaimportaçõeschinesas.
Apioranatensãocomercial
intensificouoviés negativoda
AméricaLatina.NoChile,aco-
taçãododólarrenovousua má-
ximahistórica, a 794 , 97 pesos.
Além de sercontaminado
peladepreciação das moedas
latinas,orealestápressionado
desdeoleilão do pré-sal.Aex-
pectativadomercado eradeal-
ta participação dos estrangei-
rosegrande entrada de dóla-
resnopaís na ocasião,oque
não seconcretizou.
SegundoJason Vieira,econo-
mista-chefedaInfinity Asset,
os protestosnoChile, queco-
meçaramhácerca de um mês,
impactamoBrasil apenas ago-
ra pela suaextensão.
“A smanifestações no Chile
não acabaramainda,e,com
possível Constituintepor lá,
apreocupação aumenta.O
estrangeironãovaicolocar
dinheirona AméricaLatina,
enãoédehoje,ocenário ma-
croeconômiconão estáfavo-
rávelparaemergentes.”
“Investidorestemem que
protestosvenham paraoBra-
sil.Aos olhos do estrangeiro, a
AméricaLatinaéumgrande
caldeirão”,apontaSimonePa-
sianotto,economista-chefeda
Reag Investimentos. Ela lem-
braqueainstabilidadenare-
giãocomeçouemagosto, com
as primárias argentinas indi-
candoainesperada vitória do
peronista AlbertoFernández.
Também pressionada pela
aversão ao risco, aBolsa bra-
sileirafechou em queda de
0 , 6 %, a 106. 059 pontos, menor
patamar desde 21 de outubro.
Noano,háumafortesaída
deinvestimentos estrangei-
ros. NaBolsa, há umaretira-
da deR$ 33 bilhões,pior sal-
do desde 2008.


Dólarfecha a


R$ 4,19 com


AméricaLatina e


guerracomercial


Cotaçãoéa2ªmais altadahistória,


sem descontarainflação; frustração


comleilão do pré-sal ainda pesa

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