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GP Brasil de F- 1
6 Quinta-Feira,14DenovembroDe2 019
Oholandês
Max
Verstappen,
pilotodaRed
Bull
Leon Bennet -
30.out.19/AFP
Opiloto
Charles
Leclerc, da
Ferrari
IsseiKato -
10.out.19/Reuters
- LucianoTrindade
sãopaulo “Construíumres-
taurantecincoestrelasees-
tãotransformandoele em
um McDonald’s.”
AfraseditadeBernie Ec-
clestone,em 2017 ,umano
após eletervendidoocon-
trole da F- 1 para ogrupo Li-
bertyMedia, dizrespeito
àtransformação pela qual
acategoria passou nos úl-
timos anos.Antes aristo-
crática,acompetiçãoten-
ta setornar uma franquia
globalde entretenimento.
Sobocomandodonova-
iorquino Chase Carey, 65 ,
executivoqueconstruiu par-
te de suacarreiracomodi-
retordaFoxBroadcasting,
aF- 1 mudou estratégias e
suacomunicaçãoparatentar
rejuvenescer seu público.
“Eles[jovens] querem espe-
táculoenão nos esforçamos
paramostrar isso antes[da
Libertyassumir]”,diz Carey.
ALibertyentão passou a
implementar açõesseme-
lhantes àsexperiências ofe-
recidas pelas ligas de esportes
americanos,como NBA, NFL
eMLB, nas quais as partidas
são antecedidas por shows
eatrações interativaspara
mexercomopúblico.
Noúltimo sábado ( 9 ), os
organizadores do GP Brasil
promoveramumtributo a
Ayrton Senna no Ibirapuera.
Oeventocontoucomaparti-
cipação dosex-pilotos Felipe
MassaeEmerson Fittipaldi.
“O esportetemque cri-
ar entretenimentoecontar
histórias”, afirmaoprofessor
de marketing esportivodo
Mackenzie,AndersonGurgel.
“A F- 1 precisava sairdo mode-
lo aristocrático, europeu, de
homens de meia-idade,ebus-
carummodelodeentreteni-
mentocomofazemosame-
ricanos. Antes detudo,oes-
portetemde serdivertido”.
ALiberty também passou a
investir em produção decon-
teúdo,sobretudo paraasre-
des sociais, algoque Eccles-
tone admitiuterabandona-
do.“Nuncameconvencides-
se tipo decomunicação,por-
que nãoacreditoque isso dá
uma boacontribuiçãoàF- 1 .”
Os americanostêmvisão
diferente.Desde 2017 ,acate-
goria passouaproduzircon-
teúdo paraYoutube, Twittere
Instagram.Ocanalnositede
vídeosteveumsaltodesegui-
dores:de 260 milemjaneiro
daquele anoparapoucomais
de 3 milhõesatualmente.
“Com asredes sociaiseo
streaming,háumoutrocom-
portamentodequemconso-
me mídia.Nãotemos mais
uma audiência linear,aTV
deixou de pautaravida des-
sa novageração”,diz Mar-
cio Zorzella,vice-presidente
de mídia da agênciaDentsu
AegisNetwork.“Tudo que
aconteceantesedepois do
eventoétão importantequan-
to atransmissão”,completa.
Para atender essa deman-
da,acategoria lançou no
ano passadoaF 1 TVPro, pla-
taformade streamingque
transmitecorridas, treinos
econteúdosexclusivos.
Disponível emseis países,
incluindoosEUA,oserviço
temacesso limitado no Bra-
sil enoReino Unido, apenas
comconteúdoextras, devido
acontratos comcanais locais.
Os direitos de transmis-
são porTVgeram US$ 600
milhões(R$ 2 , 4 bilhão)por
anoàF- 1 ,segundoàForbes.
Consultada pelaFolha,a
Globo,donadosdireitosno
Brasil, diz queamédia de au-
diência desteanoédenove
pontos, umamaisdoque
omesmo período em 2018.
“Desde 2012 ,amédia final
dastemporadas nãoésupe-
rioraesteíndice”,destaca.
NoúltimoGPBrasil, Inter-
lagosteveoseu maior públi-
codesde 2010 .Aolongodos
três dias de F- 1 foram 150. 307
espectadores, mesmosem
pilotosdopaís nacategoria.
AF- 1 terámudanças em
seuregulamentoapartir de
2021 .Aprincipal seráoli-
mitedegastos paraasequi-
pes.Ovalor serádeUS$ 175
milhões(R$ 700 milhões).
Antes, para 2020 ,oGPdo
Vietnã entranocalendário.
Os americanos pretendem
levaracategoria paraoque
chamam de “cidades de des-
tino”,comoMiami, LasVegas
eLondres, alémdechegar
aocontinenteafricano.
Americanizada, F-1tenta
rejuvenescer eentreter
paraganhar público
nas mãos do grupo Liberty media, principal categoria
do automobilismo quer atrair jovensenovos mercados
“
Eles[jovens] querem
espetáculoenão
nos esforçamos para
mostrar isso antes
[daLibertyassumir]
ChaseCarey
diretor-geral da F- 1