num monte de entulho. – Levou dois dedos à sobrancelha. – Tem um bom dia.
Harry ficou sozinho nos degraus a fumar e a observar o desfile irregular do
caixão branco ao longo do passeio.
Halvorsen rodou a cadeira quando Harry entrou.
– Óptimo que estejas aqui. Tenho algumas boas notícias. Eu... merda, que
cheiro! – Halvorsen apertou o nariz e disse com uma entoação de previsão
meteorológica: – O que é que aconteceu ao teu fato?
– Escorreguei num contentor do lixo. Quais são as notícias?
– Ohh... sim, bem, pensei que a fotografia poderia ser de uma zona de
veraneio em Sørland, por isso enviei-a por e-mail para as esquadras de polícia
em Aust-Agder. E, bingo , um agente de Risør ligou-me de imediato para dizer
que conhecia bem a praia. Mas, sabes uma coisa?
– Acho que não.
– Não era em Sørland, mas em Larkollen!
Halvorsen olhou para Harry com um sorriso expectante e acrescentou,
quando Harry não reagiu:
– Em Østfold. No exterior de Moss.
– Eu sei onde fica Larkollen, Halvorsen.
– Sim, mas este agente vem de...
– As pessoas de Sørland também vão de férias. Ligaste para Larkollen?
Halvorsen rolou os olhos desesperado.
– Sim, claro. Liguei para o parque de campismo e dois lugares que alugam
casas. E para as únicas duas mercearias.
– Tiveste sorte?
– Sim. – Halvorsen voltou a resplandecer. – Enviei a fotografia por fax e
um dos tipos da mercearia sabia quem ela era. Têm uma das melhores casas
da zona. De vez em quando, ele faz-lhes entregas ao domicílio.
– E o nome da mulher é?
– Vigdis Albu?
– Albu? Elbow?
– Sim. Agora só existem dois deles na Noruega. Um nasceu em 1909. O
outro tem quarenta e três anos, vive em Bjørnetråkket 12, em Slemdal, e