Vingança a Sangue-Frio

(Carla ScalaEjcveS) #1

– Por mim óptimo, desde que tenhamos provas irrefutáveis de que este
homem é aquele que procurávamos.


– Hoje de manhã, Weber verificou as impressões digitais dele.
– E?
Harry sentou-se.
– São semelhantes àquelas que encontrámos na garrafa de Coca-Cola, que o
assaltante estava a segurar antes de entrar em acção.


– Podemos ter a certeza de que é a mesma garrafa?
– Descontrai, chefe. Temos a garrafa e o homem no vídeo. Acabaste de ler
no relatório que temos uma carta suicida escrita à mão na qual Lev Grette
confessa, não acabaste? Hoje de manhã fomos a Disengrenda e informámos
Trond Grette. Pedimos-lhe que nos emprestasse alguns dos antigos cadernos
de escola de Lev que ainda tivesse no sótão, e Beate levou-os ao especialista
em caligrafia da Kripos . Ele diz que não restam dúvidas de que a nota de
suicídio foi escrita pela mesma pessoa.


– Sim, sim, sim. Só queria ter a certeza absoluta antes de irmos a público
com isto, Harry. Sabes que vai ser notícia de primeira página.


– Devias tentar ficar um pouco mais satisfeito, chefe. – Harry levantou-se. –
Acabámos de resolver o nosso maior caso dos últimos tempos. Este lugar
devia estar decorado com faixas e balões.


– Tenho a certeza de que tens razão. – Møller suspirou. Interrompeu-se
antes de perguntar: – Então porque é que não estás mais satisfeito?


– Tu sabes que não ficarei satisfeito até solucionarmos o outro caso... –
Harry dirigiu-se à porta. – Halvorsen e eu vamos hoje tratar de qualquer caso
que tenhamos pendente, e amanhã começamos no caso de Ellen Gjelten.


Parou junto da porta quando Møller pigarreou.
– Sim, chefe?
– Estava a perguntar-me como é que descobriste que Lev Grette era o
Executor.


– Bem, a versão oficial é que Beate o reconheceu no vídeo. Gostarias de
ouvir a não oficial?


Møller  massajava   um  joelho  rígido. A   expressão   preocupada  voltara.
– Provavelmente não.
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