qualquer maneira, já verificámos os e-mails enviados.
Møller fechou os olhos. Já lhe doíam as costas.
– E lá estavam eles. – Ivarsson sacudiu a cabeça, vingativo. – Todos os e-
mails que Harry estava a tentar fazer-nos acreditar que um qualquer assassino
misterioso lhe enviara.
– Hm – disse Møller. – Isso não me parece lá muito bom.
– Weber encontrou a verdadeira prova no apartamento dele.
Møller olhou para Weber em busca de orientação e este, com uma
expressão sombria, levantou um pequeno saco de plástico transparente.
– Uma chave? – disse Møller. – Com as iniciais A. A.?
– Encontrada na gaveta da mesa do telefone – disse Weber. – É igual à do
apartamento de Anna Bethsen.
Møller olhou apático para Weber. A luz dura da lâmpada nua dava aos seus
rostos a mesma cor pálida e mortal das paredes caiadas, e Møller teve a
sensação de que se encontrava numa cripta mortuária.
– Tenho de sair daqui – murmurou.