Vingança a Sangue-Frio

(Carla ScalaEjcveS) #1

pessoal da balística. É uma bala padrão 7.62 de uma AG3, o tipo de munição
mais vulgar no reino da Noruega já que se encontra em todos os
aquartelamentos militares, depósitos de armas, e lar de qualquer oficial
reformado ou voluntário por todo o país. Por outras palavras, impossível de se
lhe encontrar o rasto. Para além disso, pensar-se-ia que ele nunca tinha
entrado no banco. Ou que passara no exterior do mesmo. Também
procurámos aí provas.


Weber sentou-se.
– Obrigado, Weber, isso foi... hm, informativo. – Ivarsson virou a folha.
TESTEMUNHAS.


– Hole?
Harry escorregou ainda mais na cadeira.
– Todos aqueles que se encontravam no banco foram questionados
imediatamente a seguir ao assalto, e ninguém nos disse nada que não
tenhamos visto no vídeo. Ou seja, lembram-se de algumas coisas que sabemos
estarem incorrectas. Uma testemunha viu o assaltante a dirigir-se para a
Industrigata. Mais ninguém nos contactou.


– O que nos leva à questão seguinte... veículos de fuga – disse Ivarsson. –
Toril?


Toril Li levantou-se e avançou; acendeu um projector onde já se encontrava
uma transparência com o resumo de veículos privados roubados durante os
últimos três meses. No seu acentuado sotaque de Sunnmørsk, explicou quais
os quatro carros que considerava mais prováveis como veículos de fuga,
baseando a sua opinião no facto de serem marcas e modelos banais, neutros,
de cores claras e suficientemente novos para o assaltante se sentir confiante
que não iam falhar. Um carro em particular, um Volkswagen GTI estacionado
em Marisdalsveien, parecia ter um certo interesse já que fora roubado na noite
anterior ao assalto.


– Os assaltantes de bancos têm a tendência para roubar os veículos o mais
próximo possível do momento do assalto, de modo a não surgirem nas listas
dos carros-patrulha – elucidou Toril Li. Desligou o projector e pegou na
transparência ao regressar ao seu lugar à mesa.


Ivarsson    assentiu.
– Obrigado.
– De nada – sussurrou Harry a Weber.
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