V
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Sorgenfrigata
ozes iam e vinham à sua volta.
– Sou o inspector Waaler. Será que alguém me pode fazer um resumo
rápido?
– Chegámos aqui há três quartos de hora. Um electricista encontrou-a.
– Quando?
– Às cinco. Ligou imediatamente para a polícia. Ele chama-se... deixa-me
ver... René Jensen. Tenho aqui o número de telefone dele e também a
morada.
– Óptimo. Liga para a central e verifica se tem cadastro.
– Ok.
– René Jensen?
– Sou eu.
– Pode chegar aqui? Chamo-me Waaler. Como é que entrou?
– Como já contei ao outro agente, com esta chave sobressalente. Ela
deixou-a na minha loja na terça porque não ia estar em casa quando eu viesse.
– Porque ela estaria a trabalhar?
– Não faço ideia. Acho que não tinha um emprego. Bem, não do tipo
normal. Disse que estava a montar uma exposição de qualquer coisa.
– Então era uma artista. Alguém aqui ouviu falar dela?
Silêncio.
– O que é que estava a fazer no quarto, Jensen?
– À procura da casa de banho.
Outra voz.
– A casa de banho fica atrás daquela porta.
– Ok. Apercebeu-se de alguma coisa suspeita quando entrou no
apartamento, Jensen?