O domador de elefantes
Evita o iracundo; afasta-te do homem colérico.
Salomão, Provérbios, 22, 24.
Na décima quinta página do livro Yu-King poderás ler, ó Irmão dos árabes,^1 a
singular aventura ocorrida na Índia com um domador de elefantes.
Vamos traduzi-la com a maior fidelidade, seguindo, nas linhas e nas
entrelinhas, o pensamento do velho sacerdote budista que a escreveu.
No antigo paix^2 de Carvásti, para além do Ganges, o rá^3 Lauit anunciou
ao povo que precisava, com certa urgência, de um domador de elefantes.
Apresentou-se um homem chamado Sougraha, que se dizia perito nesse
perigoso ofício.
— Conheço, ó rei — declarou Sougraha —, três maneiras seguras por
meio das quais será fácil domesticar um elefante. A primeira é pelas argolas
de prata...
— Está bem — acudiu secamente o monarca. — Aceito a tua oferta.
Poderás amanhã, depois da prece, iniciar o teu trabalho. O elefante bravio,
de minha predileção, será trazido para o pátio. Terás, no fim, uma boa
recompensa.