jovem professor, assim como o fizera quando ele estava em Coimbra. Uma
mulher de província, simples, que usa xaile e meias pretas.»
Na Cruz Vermelha, Maria torna-se uma espécie de polícia de giro. Tentava
controlar cada pormenor «e nem todas as pessoas que queriam visitar o senhor
doutor conseguiam passar por ela», lembra Rosália.
A anestesista Cristina da Câmara nota que o doente «tem mais amigas do que
amigos».
Quando visita Salazar, a protegida Micas percebe o embaraço e atrapalhação
do pessoal dos serviços clínicos com o comportamento típico de Maria, «feroz
cão de fila do Presidente do Conselho».
Sollari Allegro, outro dos secretários particulares de Salazar, não se recordará
de tais excessos, bem pelo contrário: lembra-se, isso sim, de ver Maria perto de
senhoras que iam visitar o doente e fazer sempre «a cerimónia de não se sentar
enquanto essas senhoras não insistissem com ela para o fazer».