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oiem tomexaltadoqueosenadorFlávio
Bolsonaro postou-se diantedas câmeras
do SBT,em24dejaneiro,paraprotestar
contra oMinistérioPúblico (MP)do Rio de
Janeiro.Empunhandoafotografia de um
almoço entre oprocurador-geraldeJustiça
fluminense, EduardoGussem,eojornalista
da GloboNewsOtávio Guedes, ofilho mais
velhodopresidente Jair Bolsonarobradou,
semapresentar qualquer evidência,queali
estava provadoovazamento de informa-
çõessigilosas sobreas movimentações fi-
nanceiras de seu ex-assessor,opolicial mi-
litarFabrícioQueiroz.“Para trocarreceita
de boloque nãoera,nãoé?”,insinuou,es-
quecendo-se de comoérotineiroquere-
pórter efontes conversem.
Alvo do tribunalbolsonarista nasredes
sociais,oencontro em umrestaurante da
ZonaSul cariocafoi registradoseisdiasan-
tes dos ataquesde Flávio na TV.Oirmãode
umjuizfederalfotografouacena,mas,em
vez de enviaraimagemapenasparaoma-
gistrado,acaboucolocando-aem um grupo
de WhatsApp de amigos—oautor da lam-
bançase desculpoudepois.Empoucotem-
po,viralizaramna internetoretrato eaver-
são de um conluioentre imprensaeprocu-
rador,aindaqueGuedesnãotenhadivulga-
do informaçõesexclusivasdo casoatéhoje.
Oantes desconhecidorostodo chefedo MP
fluminensetambémse popularizourapida-
mente na internet,comose fosseum perse-
guidordo agorapoderosoclã Bolsonaro.Com54 anoseemseu primeiromandato
no posto,EduardoGussemtemhojesob seu
guarda-chuvaas duasmaisbadaladasapura-
çõesem cursono país. Alémdo casoquetira
osonodo senadorFlávio Bolsonaro,está nas
mãosde promotoresdo Riooinquéritoque
buscaos mandantes do assassinato da verea-
doraMarielle Franco, prestes acompletar
umanosemsolução. Afadiganatural da
OperaçãoLava Jato em CuritibaeBrasília
após quatro anostambémajudano ganhode
protagonismodo MPdo Rio,até então notó-
rio pornadafazer contra aroubalheirade
SérgioCabralesua turmadesde2006.
Embora Gussem tenhadadoentrevistas e
apresentadoumadisposiçãoinvestigativarara
em seusantecessores, os questionamentos so-
bre aformacomoestásendoconduzidaain-
vestigaçãoenvolvendoQueirozjá existem.
Especialmente por ter avançadoem um ritmo
devagar, quaseparando,justamente no ano
em queJair Bolsonarose elegeuparaoPla-
nalto eFlávio paraoSenado.Éahora do tri-
bunal antibolsonaristanas redessociais chiar.
As suspeitas envolvendoofilhodo presi-
dente só vieramàtonagraças auma reporta-
gemfeitapelojornalOEstadodeS.Pauloem
6dedezembrode 2018.Nela, revelou-sequeo
Conselhode Controlede AtividadesFinan-
ceiras (Coaf)havia detectadooperações ban-
cárias suspeitasde deputadosestaduais efun-
cionáriosdaAssembleiaLegislativado Rio.
Entre elasestavamas esquisitasmovimentações
de Queiroz,que totalizavamR$ 1,2 milhãoentreOprocurador-geral de
Justiça do Rio,Eduardo
Gussem, tem sob si
as investigações mais
polêmicas do país: os
laranjasdos Bolsonarose
oassassinato de Marielle
FOTO:MARCELOAGÊNCIAOGLOBOTHEOBALD/
COMOSCASOSMAISPOLÊMICOSDOPAÍS,
MINISTÉRIOPÚBLICODORIO,NAFIGURA
DOPROCURADOR-GERALEDUARDPOGUSSEM,
TEMDEVENCERDESCRENÇANAINSTITUIÇÃO
porThiagoPradoNOSCORREDORESDOPODER